O Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, subscreveu hoje afirmações das “gentes do mundo do futebol” de que se ultrapassaram os “limites razoáveis” na transferência de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid mas desejou felicidades ao jogador.
Nada disso senhor Presidente. Basta ver, se me permite a opinião (se fosse o “seu” primeiro-ministro não permitiria, mas como não é...), as parangonas que a comunicação social do reino lusitano, entre outras, deu ao caso e as breves que dedicou ao facto de, por exemplo, mais de 200 milhões de crianças estarem sujeitas a exploração infantil.
Mas não é desta imprensa de Fátima, Fado e Futebol que se alimenta a populaça das ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos?
“Acompanho aquilo que foi dito sobre esta matéria. Pagar quase 100 milhões de euros pela transferência de um jogador, nunca me passou pela cabeça”, afirmou Cavaco Silva em Nápoles, Itália, à margem do encontro dos Chefes de Estado do Grupo de Arraiolos.
É pena que não passe pela cabeça dos responsáveis, seja de Portugal ou de qualquer outro país. Depois não nos venham dizer que a plebe optou pela abstenção nas eleições e que, um dia destes, vai optar por sair à rua e fazer justiça pelas suas próprias mãos.
“Gostaria que Portugal fosse mais conhecido pela inovação, pela modernização, pela sua competitividade e também pela participação nas eleições europeias”, acrescentou Cavaco Silva.
Pois é. Também os 500 mil desempregados que (sobre)vivem em Portugal gostariam. Mas como não é isso que acontece, um dias destes resolvem não mudar de país mas, isso sim, mudar de políticos... nem que para tal tenham de ressuscitar, ou apoiar, um qualquer António de Oliveira Salazar.
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