Moçambique vai montar a partir deste mês aproximadamente 50 computadores por dia, que serão chamados “Dzowo”, em homenagem a Eduardo Mondlane, primeiro presidente da Frelimo, que lutou contra o colonialismo português até à sua morte, em 1969.
Não me agrada a ideia. Desde logo porque revela que as autoridades do país se esqueceram do velho amigo português, José Sócrates, e dos seus badalados “Magalhães”. É pena. O PS lusitano bem merecia uma mãozinha da Frelimo. Francamente.
O lançamento hoje do computador de fabricação/montagem moçambicana da marca “Dzowo”, como se designa a família Mondlane numa das línguas do sul do país, é um dos pontos altos da passagem dos 40 anos da morte do fundador da Frelimo.
Os computadores serão montados pela multinacional Sahara que, em parceria com as autoridades moçambicanas, montou o primeiro Centro de Desenvolvimento Tecnológico do país com capacidade inicial para produção de 11.520 computadores portáteis e de mesa por ano.
A Sahara está sediada na cidade sul-africana de Joanesburgo e possui escritórios, centros de pesquisa e desenvolvimento na Grã-Bretanha, China, Emiratos Árabes Unidos, Índia, Botsuana, Namíbia e Quênia.
Essa não está mesmo bem. Trocar a lusa JP Sá Couto (apesar desta ser alvo de busca por suspeita de fraude fiscal) pela sul-africana Sahara é, digo eu, uma punhalada nas costas do grande amigo português. Certamente que o melhor vendedor dos “Magalhães”, também primeiro-ministro português, vai ficar virado do avesso.
A partir do próximo ano, a transnacional estima fabricar anualmente 19.200 computadores em Moçambique, uma produção em larga escala visando facilitar o acesso dos moçambicanos aos aparelhos.
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