O pastor da Igreja Metodista Unida, Bartolomeu Sapalo, apelou ao povo do Bié, Angola, para evitar a inveja e a difamação como forma de construir uma sociedade sadia, de paz, harmonia e amor.
Nada, como é óbvio, a opor. E então a que propósito tudo isto foi dito? A propósito do dia 28 de Junho, consagrado aos mártires da resistência da cidade do Kuito.
Que mártires? Todos os que morreram de um e do outro lado, ou apenas dos que foram e são considerados angolanos de primeira?
Bartolomeu Sapalo aconselhou, por outro lado, os fiéis e familiares das cerca de sete mil almas sepultadas no cemitério monumento do Kuito, falecidos durante o cerco da "luta pela defesa da cidade, em 1993", no sentido de seguirem os ensinamentos do filho de "Deus todo-poderoso", que aceitou entregar-se para salvar o mundo do pecado e garantir a paz e unidade entre os povos.
Entretanto, o primeiro-secretário do MPLA no Bié, Joaquim Wanga, também presente no acto, frisou que o "cemitério monumento" representa o sacrifício, bravura e tenacidade dos combatentes e da população em geral na defesa da soberania do território da província e não só.
De que lado estavam, afinal, os combatentes que defenderam a soberania do território? De um lado e do outro não eram todos angolanos? Então uns são heróis e os outros terroristas?
Joaquim Wanga exortou a população da província a preservar a paz e unidade nacional, recorrendo ao diálogo na resolução dos problemas, em detrimento da violência ou justiça por mãos próprias.
Essa é boa! Apelar-se ao diálogo, à unidade, à paz depois de dizer que uns eram os bons e os outros os maus.
Por acaso, ou talvez não, a maior parte dos meus amigos estava do lado dos que o MPLA (partido que domina Angola desde 1975) considera maus.
E se não aceito que a UNITA diga que os maus eram, no Kuito ou em qualquer outro lugar, os do MPLA, também não aceito que os donos do poder continuem, mesmo na morte, a entender que há angolanos de primeira e de segunda.
Para mim só há angolanos. Mas se por qualquer carga de água tiver de escolher, podem ter a certeza que continuo sempre do mesmo lado. Do lado dos de segunda.
Que mártires? Todos os que morreram de um e do outro lado, ou apenas dos que foram e são considerados angolanos de primeira?
Bartolomeu Sapalo aconselhou, por outro lado, os fiéis e familiares das cerca de sete mil almas sepultadas no cemitério monumento do Kuito, falecidos durante o cerco da "luta pela defesa da cidade, em 1993", no sentido de seguirem os ensinamentos do filho de "Deus todo-poderoso", que aceitou entregar-se para salvar o mundo do pecado e garantir a paz e unidade entre os povos.
Entretanto, o primeiro-secretário do MPLA no Bié, Joaquim Wanga, também presente no acto, frisou que o "cemitério monumento" representa o sacrifício, bravura e tenacidade dos combatentes e da população em geral na defesa da soberania do território da província e não só.
De que lado estavam, afinal, os combatentes que defenderam a soberania do território? De um lado e do outro não eram todos angolanos? Então uns são heróis e os outros terroristas?
Joaquim Wanga exortou a população da província a preservar a paz e unidade nacional, recorrendo ao diálogo na resolução dos problemas, em detrimento da violência ou justiça por mãos próprias.
Essa é boa! Apelar-se ao diálogo, à unidade, à paz depois de dizer que uns eram os bons e os outros os maus.
Por acaso, ou talvez não, a maior parte dos meus amigos estava do lado dos que o MPLA (partido que domina Angola desde 1975) considera maus.
E se não aceito que a UNITA diga que os maus eram, no Kuito ou em qualquer outro lugar, os do MPLA, também não aceito que os donos do poder continuem, mesmo na morte, a entender que há angolanos de primeira e de segunda.
Para mim só há angolanos. Mas se por qualquer carga de água tiver de escolher, podem ter a certeza que continuo sempre do mesmo lado. Do lado dos de segunda.
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