
"Todos temos que tirar lições do que aconteceu nestes três dias. Uma das lições que tirei: nalguns momentos eu senti o Estado vulnerável", disse o homólogo de Tertius Zongo, acrescentando que irão ser tomadas medidas para impedir situações como as vividas nas ocidentais costas a norte de Marrocos.
Respondendo a Mota Amaral, deputado do PSD, Sócrates afirmou com toda a legitimidade inerente a quem é dono da verdade, que ninguém poderia prever que o preço do barril do petróleo iria subir até aos 134 dólares. "Isso não seria previsão, era bruxaria", afirmou o líder dos socialistas portugueses, sublinhando que só "os mais ingénuos" podem usar o argumento da previsão.
Bom argumento. Todos sabemos que os governos, sobretudo quando têm como primeiro-ministro o mais evoluído dos cérebros socialistas, não fazem previsões. Isso é feito pelos governos que governam e não pelos governos que se governam.
Também o CDS-PP acusou o Governo socialista de "falta de previsão" na questão do preços dos combustíveis, sublinhando que nos últimos três dias o ministro da Administração Interna, com a tutela das polícias, não esteve no país por se encontrar em Brasília para comemorações do 10 de Junho.
Ora, ora! Só foi pena que não fosse todo o Governo para o Brasil e lá ficasse de férias aí durante uns 20 anos.
O primeiro-ministro defendeu que o Governo agiu com "proporcionalidade" e que a forma como geriu a crise "foi a melhor homenagem ao pragmatismo" para "resolver um problema".
E, mais uma vez, Sócrates tem toda e mais alguma razão. Espero que os portugueses sigam a mensagem do seu primeiro-ministro e, tão breve quanto possível, façam também uma homenagem ao pragmatismo e resolvam de vez este problema. Ou seja, mandem o primeiro-ministro definitivamente de férias, mesmo que seja (como será) com uma reforma choruda.
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