terça-feira, junho 03, 2008

Em São Tomé os militares
já disseram o que queriam

O Conselho Consultivo do Ministério da Defesa da Ordem Interna de São Tomé e Príncipe pediu hoje ao Presidente para encontrar "o mais depressa possível" uma solução para a crise política gerada pela queda do Governo. O aviso, à boa moda africana, está dado. Depois não digam que eles não avisaram.

Numa carta a Fradique de Menezes, o Conselho manifesta "preocupação face à crise instalada" e apela ao Chefe de Estado para que, "no âmbito das suas competências constitucionais, encontre uma solução rápida". Uma posição politicamente correcta mas, é claro, selada pelos homens de farda.

O Conselho Consultivo é um órgão do Ministério da Defesa e Ordem Interna e integra o exército, a polícia nacional, a guarda costeira, a corporação de bombeiros, a polícia fiscal e serviços de imigração e fronteiras.

A carta é assinada pelos comandantes de todas as instituições, militares e paramilitares, e pelo director do Serviço de Imigração e Fronteira, para que não restem dúvidas quanto à validade e amplitude do aviso.

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