O presidente do partido no poder em Angola, MPLA, e também da República, José Eduardo dos Santos, disse há apenas algumas horas, que é preciso acabar com uma "certa promiscuidade" que se verifica no exercício de funções públicas e, ao mesmo tempo, de gestão empresarial. Terei lido bem?
"Devemos aprovar regras mais claras para pôr cobro a uma certa promiscuidade que se verifica hoje", disse José Eduardo dos Santos lembrando que "um membro do governo pode ser accionista, pode ser detentor de quotas numa empresa, mas não deve ocupar-se da sua gestão e nem desrespeitar o princípio da isenção e da imparcialidade no exercício das suas funções administrativas".
Se não estou a sonhar estou, certamente, muito perto de dizer que este discurso de José Eduardo dos Santos é uma espécie de gato escondido com o rabo de fora. Do tipo, olhai para o que eu digo e não para o que eu faço.
Num discurso feito à medida da imagem de seriedade e credibilidade que é preciso passar para o exterior, e para o reproduzir lá estiveram os funcionários dos órgãos de comunicação social internos e internacionais, devidamente portadores de uma qualquer carteira profissional, até mesmo – admito – com a de Jornalistas.
José Eduardo dos Santos sublinhou ainda a necessidade de correcção de "todas as práticas negativas que afectam a imagem do Governo do MPLA".
Ora essa senhor presidente. Não estou a ver onde estão, ou ficam, as “práticas negativas” em relação a um partido que todos sabem ser um exemplo da tal seriedade e credibilidade que faz inveja (sejam quais forem as variantes analisadas, começando na corrupção e acabando na promiscuidade) a qualquer estado de direito do mundo.
"Estas são algumas pistas que deixo para o fundamento posterior e na firme convicção de que de facto faremos tudo para que o MPLA seja cada vez melhor e ajude também o país a mudar", disse o presidente.
Modéstia senho presidente. O MPLA, por alguma razão está no poder desde 1975, nada tem a mudar. Deve, para bem dos angolanos, continuar como está. Se o fizer, se continuar a ser como sempre foi, é meio caminho andando para que Angola passe a ser em estado de direito democrático.
Não com o MPLA mas graças ao MPLA.
Se não estou a sonhar estou, certamente, muito perto de dizer que este discurso de José Eduardo dos Santos é uma espécie de gato escondido com o rabo de fora. Do tipo, olhai para o que eu digo e não para o que eu faço.
Num discurso feito à medida da imagem de seriedade e credibilidade que é preciso passar para o exterior, e para o reproduzir lá estiveram os funcionários dos órgãos de comunicação social internos e internacionais, devidamente portadores de uma qualquer carteira profissional, até mesmo – admito – com a de Jornalistas.
José Eduardo dos Santos sublinhou ainda a necessidade de correcção de "todas as práticas negativas que afectam a imagem do Governo do MPLA".
Ora essa senhor presidente. Não estou a ver onde estão, ou ficam, as “práticas negativas” em relação a um partido que todos sabem ser um exemplo da tal seriedade e credibilidade que faz inveja (sejam quais forem as variantes analisadas, começando na corrupção e acabando na promiscuidade) a qualquer estado de direito do mundo.
"Estas são algumas pistas que deixo para o fundamento posterior e na firme convicção de que de facto faremos tudo para que o MPLA seja cada vez melhor e ajude também o país a mudar", disse o presidente.
Modéstia senho presidente. O MPLA, por alguma razão está no poder desde 1975, nada tem a mudar. Deve, para bem dos angolanos, continuar como está. Se o fizer, se continuar a ser como sempre foi, é meio caminho andando para que Angola passe a ser em estado de direito democrático.
Não com o MPLA mas graças ao MPLA.
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