Timor-Leste é o país lusófono cujo Estado apresenta maiores fragilidades, seguido da Guiné-Bissau e Angola, segundo a listagem dos "estados falhados" hoje divulgada pela revista norte-americana "Foreign Policy".
A lista é liderada pela Somália com um total de 114,2 pontos de um máximo de 120 em questões como "desenvolvimento desigual", economia, serviços públicos e Direitos Humanos.
Entre os países lusófonos, Timor-Leste é que tem mais possibilidades de se tornar num Estado falhado, aparecendo em 25º lugar com uma pontuação de 93,8 pontos.
Timor-Leste é caracterizado como um país em que o Estado tem pouca legitimidade (nove num máximo de 10 pontos), com fracos serviços públicos (oito num máximo de 10), fracos serviços de segurança (8,8), com "elites fracturadas" (8,5) e uma economia má (8,2).
A melhor pontuação do mais jovem país asiático surge na categoria dos Direitos Humanos com 5,3 pontos.
A Guiné-Bissau aparece em 32º lugar, com um total de 91,3 pontos, sendo o país particularmente penalizado pelo "desenvolvimento desigual" (8,6 pontos), serviços públicos (8,5) e forças de segurança (8,4).
Angola está em 56º lugar, com um total de 83,8 pontos, sendo a sua pior classificação na questão sobre desenvolvimento desigual (nove num máximo de 10 pontos) e a melhor na economia (quatro pontos).
Na lista de 60 países em maior risco de se tornarem em estados falhados, apenas a Colômbia tem melhor pontuação do que Angola no capítulo da economia.
Mas o Estado angolano tem fraca legitimidade (8,4 pontos), os serviços públicos (7,6) e os direitos humanos (7,5) são maus e as elites angolanas estão "fracturadas" (7,5).
Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe não constam da lista dos 60 países mais frágeis.
Na lista dos 10 países mais susceptíveis de se tornarem estados falhados, sete são da África sub-saariana, nomeadamente Somália, Sudão, Zimbabué, Chade, República Democrática do Congo, Costa do Marfim e República Centro Africana. Os outros três são asiáticos: Iraque, Afeganistão e Paquistão.
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