A UNITA vai concorrer às segundas eleições legislativas como uma força coligada a outros partidos e incluirá na sua lista de candidatos ao Parlamento Nacional figuras independentes, disse à Voz da América, o secretário para a comunicação e marketing Adalberto da Costa Júnior. Grande opção. Assim se vê a força do Galo (ou será garnisé?) Negro.
Reunido o Comité Regional de Luanda da UNITA que deverá terminar com a eleição dos 38 candidatos para o círculo nacional, cinco para o circulo provincial e igual número de suplentes, Adalberto da Costa Júnior esclareceu que as propostas independentes não são sujeitas à votação dos militantes.
São candidaturas fundamentadas por vontade expressa e devem ser aprovadas pela direcção do partido, tal como se procedeu quando a UNITA indicou Mila Mello para sua representante junto do Tribunal Constitucional.
«Posso confirmar que existem candidatos independentes em todas as províncias, que formalizaram candidaturas, não está dito que todos vão ser inseridos nas listas porque são bastantes. Chefiei algumas conferências onde também surgiram candidatos independentes, cujos processos estão agora junto da direcção. Portanto, vamos ter que aguardar para conhecer os nomes e, seguramente, quando a UNITA fizer a sua reunião esses nomes serão públicos porque esses processos vão ser todos encaminhados para o tribunal, neste momento não sei se ao Tribunal Supremo como aquilo que existia antes, se ao actualmente em constituição o Tribunal Constitucional,» explicou Adalberto da Costa Júnior.
Esta é, goste-se ou não, uma forma de mostrar a democraticidade interna da UNITA. Aliás, com a abertura aos independentes fecham-se algumas portas aos quadros internos. Mas essa é igualmente uma jogada de mestre. Fica assim justificada a ausência de alguns militantes que não agradam a parte da Direcção do partido.
«Nós vamos formalizar coligações com outros partidos, temos várias propostas de alguns partidos de poderem estabelecer estratégias eleitorais com a UNITA. Tal como disse, é deste número de propostas feitas que a direcção se deve definitivamente pronunciar sobre quem ou não será integrado na lista de candidatos,» pormenorizou Adalberto.
E é assim. Utilizando os outros na sua estratégia de afastamento de eventuais adversários internos, Adalberto e companhia (não sei, nem tenho que saber, se com a cobertura do presidente) abre caminho à teoria da derrota em derrota até à vitória final e não tanto à de juntos venceremos.
Sem comentários:
Enviar um comentário