Tal como quis, apesar da oposição (que não sei se foi sincera) dos restantes partidos, o PS de José Sócrates aprovou um estatuto para os jornalistas que amordaça a sua autonomia editorial e independência. Importa, contudo, reconhecer que essa autonomia e independência já eram de há muito uma miragem, pelo que o PS de José Sócrates se limitou a dar força de lei à prática corrente.
E eram por culpa sobretudo dos Jornalistas que, sob a conveniente capa da cobardia anónima, se deixa(ra)m transformar em autómatos ao serviço dos mais diferentes protagonistas, sejam políticos, partidários, sindicais ou empresariais.
Basta ver quantos são os supostos jornalistas que, nomeadamente na blogosfera, dizem quem são e mostram a chipala. São muito poucos. A grande maioria prefere o cómodo e barato anonimato. Para que se não saiba que têm as meias rotas nunca se descalçam.
Na falta de capacidade intelectual para mais, toda a espécie de ratos de esgoto, mesmo que possuidores de Carteira Profissional, cria blogues e opina sem dar a cara, mostrando como é fácil atirar a pedra e esconder a pata.
E se esta estratégia é grave de uma forma geral, mais o é quando muitos destes actores de baixa (baixa, neste caso, é sinónimo de sarjeta) categoria integram a classe profissional dos Jornalistas, a tal que se diz contrária às fontes anónimas mas que, afinal, é ela própria um manancial de anónimos.
Compreendo que, refugiando-se no anonimato ou na intelectual forma de anonimato que dá pelo nome de pseudónimo, estejam mais à vontade para mostrar que já quase conseguem andar de pé.
É uma evolução. No entanto, ainda faltam algumas gerações para que atinjam o nível dos Homens. E esse nível não é dado por nenhuma carteira profissional.
Habituados a viver na selva supostamente civilizada onde, com o patrocínio e cobertura dos poderes instituídos, vale tudo, entendem que a razão da força dada por alguns milhares de euros de avenças ou similares é a única lei. E, digo eu, dos Jornalistas esperar-se-ia que lutassem pela força da razão.
Força da razão? Claro que não. Até porque em Portugal não existem Jornalistas a tempo inteiro. Na maior parte do tempo útil são cidadãos como quaisquer outros e que, por isso, não precisam de ser sérios nem de o parecer. Nas horas de expediente, sete ou oito por dia, exercem o jornalismo, tal como poderiam exercer o enchimento de latas de salsichas.
Como para mim existe uma substancial diferença entre exercer jornalismo e ser Jornalista, entre ser operário de um órgão de comunicação social e ser Jornalista, tal como exercer medicina e ser médico, continuo a dizer que nesta profissão quem não vive para servir não serve para viver.
É por isso que os operário dos órgãos de comunicação social lá estão para se servir, para servir os seus capatazes, e não para servir o público, para dar voz a quem a não tem.
Infelizmente os media estão cada vez mais superlotados de gente que apenas vive para se servir, utilizando para isso todos os estratagemas possíveis: jornalista assessor, assessor jornalista, jornalista cidadão, cidadão jornalista, jornalista político, político jornalista, jornalista sindicalista, sindicalista jornalista, jornalista lacaio, lacaio jornalista e por aí fora.
Jornalistas/jornalistas são cada vez menos. Paz à sua alma!
E eram por culpa sobretudo dos Jornalistas que, sob a conveniente capa da cobardia anónima, se deixa(ra)m transformar em autómatos ao serviço dos mais diferentes protagonistas, sejam políticos, partidários, sindicais ou empresariais.
Basta ver quantos são os supostos jornalistas que, nomeadamente na blogosfera, dizem quem são e mostram a chipala. São muito poucos. A grande maioria prefere o cómodo e barato anonimato. Para que se não saiba que têm as meias rotas nunca se descalçam.
Na falta de capacidade intelectual para mais, toda a espécie de ratos de esgoto, mesmo que possuidores de Carteira Profissional, cria blogues e opina sem dar a cara, mostrando como é fácil atirar a pedra e esconder a pata.
E se esta estratégia é grave de uma forma geral, mais o é quando muitos destes actores de baixa (baixa, neste caso, é sinónimo de sarjeta) categoria integram a classe profissional dos Jornalistas, a tal que se diz contrária às fontes anónimas mas que, afinal, é ela própria um manancial de anónimos.
Compreendo que, refugiando-se no anonimato ou na intelectual forma de anonimato que dá pelo nome de pseudónimo, estejam mais à vontade para mostrar que já quase conseguem andar de pé.
É uma evolução. No entanto, ainda faltam algumas gerações para que atinjam o nível dos Homens. E esse nível não é dado por nenhuma carteira profissional.
Habituados a viver na selva supostamente civilizada onde, com o patrocínio e cobertura dos poderes instituídos, vale tudo, entendem que a razão da força dada por alguns milhares de euros de avenças ou similares é a única lei. E, digo eu, dos Jornalistas esperar-se-ia que lutassem pela força da razão.
Força da razão? Claro que não. Até porque em Portugal não existem Jornalistas a tempo inteiro. Na maior parte do tempo útil são cidadãos como quaisquer outros e que, por isso, não precisam de ser sérios nem de o parecer. Nas horas de expediente, sete ou oito por dia, exercem o jornalismo, tal como poderiam exercer o enchimento de latas de salsichas.
Como para mim existe uma substancial diferença entre exercer jornalismo e ser Jornalista, entre ser operário de um órgão de comunicação social e ser Jornalista, tal como exercer medicina e ser médico, continuo a dizer que nesta profissão quem não vive para servir não serve para viver.
É por isso que os operário dos órgãos de comunicação social lá estão para se servir, para servir os seus capatazes, e não para servir o público, para dar voz a quem a não tem.
Infelizmente os media estão cada vez mais superlotados de gente que apenas vive para se servir, utilizando para isso todos os estratagemas possíveis: jornalista assessor, assessor jornalista, jornalista cidadão, cidadão jornalista, jornalista político, político jornalista, jornalista sindicalista, sindicalista jornalista, jornalista lacaio, lacaio jornalista e por aí fora.
Jornalistas/jornalistas são cada vez menos. Paz à sua alma!
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