As eleições presidenciais no Zimbabué estão "condenadas à partida" devido à campanha de violência e intimidação do governo de Robert Mugabe contra o Movimento para a Mudança Democrática (MDC, oposição), denunciou hoje um relatório da Human Rights Watch (HRW). Nada de novo, portanto.
De acordo com o novo relatório da organização de defesa dos direitos humanos, com sede nos Estados Unidos, a campanha do governo do Presidente Robert Mugabe "aniquila qualquer possibilidade de uma segunda volta presidencial livre e justa a 27 de Junho”. Nada de novo, portanto.
A HRW insta a União Africana (UA) e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) a exercerem influência para levar Robert Mugabe a tomar medidas imediatas para pôr fim à violência e a responsabilizar os autores desses actos. Também aqui nada de novo.
O relatório, com 69 páginas, intitulado "Balas para cada um: violência patrocinada pelo Estado desde as eleições de 29 de Março" descreve vários raptos, agressões e mortes perpetradas por responsáveis e apoiantes da União Nacional Patriótica do Zimbabué, Frente Patriótica (ZANU-PF, de Mugabe), pelas forças armadas, polícia, "veteranos de guerra" e jovens elementos de milícia. Tudo na mesma.
As agressões são dirigidas contra activistas do MDC e apoiantes desse movimento da oposição, garante a HRW, acrescentando ter confirmado pelo menos 36 assassínios politicamente motivados e a existência de duas mil vítimas de violência. A única novidade, neste aspecto, é o número de vítimas que vai aumentando.
O relatório sublinha também o papel do governo do Zimbabué na participação e incitação à violência, para ganhos políticos, e a sua incapacidade de pôr fim à violência e de levar perante a justiça os responsáveis.
Conclusão. Nada de novo no reino de Mugabe, nada de novo quanto à comunidade internacional, nada de novo quanto a um povo que, para não destoar, também vai morrendo de fome. Além disso, e também não é nada de novo, Mugabe lá vai continuando a cantar e a rir…
Foto: Não sei quem está ao lado de Mugabe, presumo contudo que seja um qualquer seu amigo.
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