segunda-feira, junho 23, 2008

Com ou sem Carteira de jornalista
não faltam imbecis e criminosos

O primeiro texto que, na Internet, escrevi sobre Jornalismo data de 21 de Maio de 2001 (http://www.orlandopressroom.com/content/view/99/27/) e tinha o título “Ao correr do teclado”.

Nele dizia que “não se é Jornalista sete ou oito horas por dia, a uns tantos contos por mês. É-se Jornalista 24 horas por dia, mesmo estando desempregado".

Acrescentava, entre outras coisas, que “se não for possível deixar às gerações vindouras algum património, ao menos lutemos, nós os jornalistas, para lhes deixar algo mais do que a expressão exacta da nossa incompetência e cobardia.”

“Porque não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar, permito-me a ousadia de tentar o impossível já que - reconheçamos - o possível fazemos nós todos os dias: Escrever, ao correr do teclado, sobre Jornalismo, Jornalistas, comércio jornalístico, produtores de conteúdos etc.”, escrevi nesse texto que já tem 7 (sete) anos.

Ao contrário de muitos outros, não escrevo sobre este assunto há meia dúzia de dias. Ao contrário de muitos outros, não escrevo sobre pseudónimo ou debaixo da cómoda máscara do anonimato.

Ao contrário de muitos outros, todos os meus textos estão devidamente identificados (têm assinatura, chipala, morada, número da carteira profissional).

Sempre assim foi e sempre assim será. E na blogosfera é assim há 7 (sete) anos.

Tempo suficiente para saber que mais vale cair em graça do que ser engraçado. Tempo suficiente para saber a enorme cotação das assinaturas de alguns supostos jornalistas. Tempo para saber que um Jornalista nunca (nunca) vende a sua assinatura para textos alheios, tantas vezes paridos em latrinas demasiado aviltantes. Tempo suficiente para saber que se o Jornalista não procura saber o que se passa no cerne dos problemas é, com certeza, um imbecil. Tempo para saber que se o Jornalista consegue saber o que se passa mas, eventualmente, se cala é um criminoso.

Tempo para saber que não sou imbecil nem criminoso. Entendamo-nos.

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