No passado sábado os agentes de segurança que acompanhavam o primeiro-ministro de Cabo Verde numa viagem a S. Vicente, num voo da TACV, foram impedidos pelo Comandante da aeronave de embarcarem por estarem armados, o que determinou que o Chefe do Governo não tenha podido seguir nesse voo.
Ao que parece o executivo de José Maria Neves terá cumprido todos os trâmites legais impostos pela Directiva de Segurança sobre o Transporte de Armas em Aeronaves Comerciais da Agência de Aviação Civil (AAC), que impõe que apenas serão autorizados a embarcar com armas na cabine de aeronaves os efectivos da Polícia Nacional afectos ao Corpo de Protecção de Altas Entidades, em efectiva missão de acompanhamento duma alta entidades nacional ou estrangeira, entre outros.
O caso segue, entretanto, os trâmites legais para apurar quem tem razão. Mas, mais do que essa análise, importa realçar que um caso destes nunca aconteceria, por exemplo, em Angola.
Nenhum comandante da TAAG tomaria a decisão de impedir a entrada de seguranças armados do primeiro-ministro. É que se lhe passasse pela cabeça tal coisa, ficaria imediatamente sem ela.
Aliás, nenhum comandante da TAP (como ainda recentemente se viu) seria capaz de impedir que o primeiro-ministro de Portugal não fumasse a bordo.
No entanto, em Cabo Verde, o primeiro-ministro ficou em terra e recorreu aos tribunais para provar as suas razões que serão, igualmente, confrontadas com as do comandante do avião.
Ou seja, Cabo Verde é um estado de direito democrático.
Mais uma lição para a Lusofonia.
1 comentário:
Viva Cabo Verde! Angola vai ser assim após o FpD estar em força no parlamento e formar governo. Estou com a FpD. Viva Angola democrática!
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