quarta-feira, setembro 24, 2008

35 anos de (in)dependência da Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau comemorou hoje 35 anos de (in)dependência. É por isso que, também hoje, falo do Fernando Casimiro, Didinho, que tive o prazer de conhecer no dia 23 de Setembro de 2006, na Casa de Angola, em Lisboa.

Embora guineense, mas sobretudo lusófono e por isso também angolano, honrou-me nesse dia com a sua presença no lançamento de um livro. Defensor acérrimo do que pensa ser a verdade, sempre defendeu que "a vida só tem sentido se, para além de nós, outros também puderem viver", tal como advoga que “o primeiro compromisso de todos os guineenses deve ser para com a Guiné-Bissau!”.

Para mim, e sei que não estou isolado (antes pelo contrário), Didinho é um daqueles exemplos que honra e dignifica a Lusofonia, apesar de ser incompreendido, e até mesmo ameaçado, pelos ineptos que não entendem que quem não vive para servir não serve para viver.

O seu amor à liberdade fá-lo lutar pela dignificação do seu Povo, leva-o a não ter medo das palavras, mesmo quando elas criticam os ditadores e todos aqueles poucos que têm milhões e se estão nas tintas para os milhões (sejam guineenses, angolanos etc.) que têm pouco ou nada.

Didinho, embora não esteja só, é uma espécie em vias de extinção. Ao privilegiar a competência em vez da subserviência, está a criar um exécrcito de inimigos recrutados nas latrinas da incompetência.

Mas de uma coisa estou certo. A História da Lusofonia, e neste caso da Guiné-Bissau, não se escreverá sem que Fernando Casimiro dela conste como paladino do seu Povo.

É, também por isso, meu caro Didinho, que tenho orgulho em ter-te como amigo. Ontem, hoje e amanhã. Sempre.

4 comentários:

Didinho disse...

Caro irmão Orlando Castro,

Nunca deixei de acompanhar a tua forma sábia, digna e exemplar de lutar.

Há que continuar a trabalhar, porque a consciencialização acabará por se sobrepor às manipulações.

Estamos juntos!

Abraço

Didinho

Jorge da Paz Rodrigues disse...

É isso mesmo: os lusófonos têm de estar juntos!

Se a chamada CPLP não serve, somos nós, os lusófonos de Portugal, Guiné, Cabo Verde, Brasil, Moçambique, Angola, S. Tomé e os que ainda restam em Goa e em Macau, que devemos dar as mãos e formar uma verdadeira comunidade de cidadãos, de que o "Didinho" é um verdadeiro exemplo.

Vamos trabalhar nisso?

Sou dos que subscrevem inteiramente a célebre frase de Fernando Pessoa: "A minha pátria é a língua portuguesa!"

Grande abraço,
Jorge da Paz Rodrigues
(Odivelas, Lisboa - Portugal)

Anónimo disse...

Caro Orlando,

agradeco-lhe imenso pelo comentário alusivo ao Didinho nesta sua/nossa luta frente aos imensos problemas que assolam a Guiné-Bissau.Eu conheci o Didinho hà 6 semanas atrás e se já admirava antes a sua abnegacäo à causa nacional, agora passei a ser um dos grandes defensores da sua idéia, que com a devida consciencializacäo, como ele diz, acabará efectivamente por se
sobrepôr às manipulacöes.
Um abraco amigo de Berlim

NHOMBA

Anónimo disse...

Prezado Castro,parabéns pela visão incrível dos esforços de Didinho, lusófono exemplar que nunca deixou de incentivar as pessoas.

Ricardino Teixeira