sexta-feira, novembro 28, 2008

Assassinar de forma subtil e democrática

Em Portugal, as coisas são diferentes. Os Jornalistas são assassinados de forma subtil. Uns são comprados (viram assessores, consultores etc.), outros silenciados (prateleiras) e outros vão para o desemprego. Não morrem fisicamente (pelo menos por enquanto) mas vêem a dignidade ir desta para melhor. Mas a sociedade continua a cantar e a rir.

O Governo português (do Partido Socialista de José Sócrates) lidera a guerra aos Jornalistas, nem que seja por interpostas pessoas, entidades, empresas. Depois de ter comprado os que achou necessários, de ter dado cobertura aos negócios que entendeu vitais para eliminar qualquer tipo de contestação, entrou agora (nem que seja por interpostas pessoas, entidades, empresas) na fase de arrumar os que (ainda) não se renderam.

Assim, pelas bandas do reino das ocidentais praias lusitanas a norte (mas cada vez mais a sul) de Marrocos, há meios mais sofisticados para atingir os mesmos fins. Não é preciso dar um, ou quantos forem precisos, tiro no Jornalista.

Basta fazer uma reestruturação empresarial (sinónimo óbvio de despedimentos). Quando o Jornalista descobrir que não tem dinheiro para pagar o empréstimo da casa ou os estudos dos filhos... dá um tiro na cabeça.

Porquê os Jornalistas? Porque a verdade é incómoda, seja na Rússia, em Angola ou em Portugal. O que varia são os métodos para calar o mensageiro.

Em Portugal, apesar da guerra que o Governo move aos Jornalistas (nem que seja por interpostas pessoas, entidades, empresas), não faltam ministros, deputados e políticos em geral (todos de pistola no bolso) a dizer que a liberdade de Imprensa é um valor sagrado.

Sagrado sim desde que não toque nos interesses instalados, desde que só diga a verdade oficial.

2 comentários:

ELCAlmeida disse...

Meu caro, vamos a ter calma porque os políticos e os governos passam e os Jornalistas ficam para rir no final.
E os políticos e governos já perceberam que acabou a impunidade, Basta ver os que se passa nos grandes julgamentos públicos, mesmo aqueles em que viram processos serem prescritos mas a opinião pública não esquece e não cala...
E quem os suporta, casos de banqueiros também estão a começar a serem olhados como imputáveis e se falam serão piores que Asterix em Asterix e os... Godos, creio!
Por isso é que andam com a sanha toda para ver se não há "emissários" que levem a missiva aos muitos Garcias que há em nós.
Kandandu
EA

Pagamico disse...

Aqui no Alto Hama ainda se pode lêr a palavra estagnação, já li algures que o sr. viana (o da lusa) decretou que a dita palavra não cabe em noticias da lusa.
Até quando vamos assistir a este servilismo ?
Um abraço e bom fim de semana