A ausência de dez dos 15 chefes de Estado na cimeira da Comunidade para o Desenvolvimento para a África Austral (SADC), em Sandton, Joanesburgo, dedicada ao conflito na República Democrática do Congo e à crise no Zimbabué será criticável?
Não. Claro que não! África está, mais do que nunca, dividida. E, como convém às potências mundiais (obviamente não africanas), quanto pior melhor.
É que, como muito bem recordava o meu velho amigo Eugénio Costa Almeida, “na região pode não haver petróleo, normalmente o produto associado a conflitos regionais, mas há, e com fartura, minérios – quase únicos e ali unicamente localizados – que são necessários para as novas tecnologias”.
Além disso, tanto quanto se sabe, não é o facto de morrerem milhares de pessoas, de mais uns milhões ficarem desalojados, que vai tirar qualidade aos produtos que movem as potenciais mundiais, como não vai evitar que as armas continuem a chegar por todos os lados.
“A desarticulação e falta de coesão da SADC atingiram níveis chocantes com a presença de apenas cinco chefes de Estado, depois de, ontem, o seu secretário-executivo, Tomaz Salomão, ter confirmado a presença de presidentes que, afinal, não apareceram, como é o caso de Eduardo dos Santos”, afirmou Brenda Basson, uma produtora da televisão oficial sul-africana SABC que, ingenuamente, ainda se indigna com estes jogos de poder.
As ausências do rei da Suazilândia, Mswati III, que preside ao órgão de política, defesa e segurança da organização, de Ian Khama (presidente do Botsuana e maior crítico de Robert Mugabe no seio da SADC) e do presidente de Angola são as notas de maior destaque mas que, bem vistas as coisas, nos mostram que África continua a ser comandada fora de... África.
1 comentário:
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Orlando
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Comparece e concorre. Muito obrigado
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