Onze milhões de crianças com menos de cinco anos morrem anualmente devido à pobreza e sete milhões delas não chegam a completar um ano de vida.
As populações africanas vivem (isto é uma forma simpática de se escrever) na miséria. No entanto, um pouco por todo o continente e com relevante expressão nos países lusófonos, os dirigentes vivem (esses sim!) à grande e à francesa.
A Transparência Internacional volta e não volta tenta levar a tribunal os donos do poder em diversos países africanos, de Angola ao Burkina Faso, passando pelos Congos e acabando no Gabão.
Tentar bem tenta, mas os resultados continuam a ser iguais a zero. E porquê? Porque o Ocidente precisa das matérias-primas de África, precisa de vender armas e para melhor chegar a esse desiderato ajuda a pôr no poder, ou põe mesmo, dirigentes corruptos.
Familiares de Omar Bongo, do Gabão, e do seu homólogo do Congo Brazzaville, Sassou Nguesso, são proprietários de dezenas de casas e apartamentos em Paris e no Sul de França, avaliados em milhões de euros.
Assim sendo, interessa a alguém que vive à grande e à francesa, seja no Reino Unido ou em Portugal, saber que as populações destes países continuam a sobreviver com a única esperança de, com sorte, poderem ser pobres?
Quanto a Robert Mugabe, tem propriedades na Namíbia e na Malásia e, em geral, "tem-se verificado a tendência para o envio de dinheiro para bancos da China e, em particular, de Macau".
Em relação aos países lusófonos, com Angola à cabeça, o melhor é estar calado. Se, por um lado, o presidente Eduardo dos Santos é amigo íntimo de José Sócrates, se a Sonangol é o pneu de socorro, o 112, da economia portuguesa, e muitos dos seus capangas continuam a ter cobertura oficial...
Sendo verdade, como disse Graça Machel, que “há crianças que não conhecem a paz”, importa dizer que os pais dessas crianças se calhar também a não conheceram, tal como importa dizer que mal vai parte deste mundo (e vai mesmo muito mal) quando a naior esperança de muita gente é apenas um dia ser... pobre.
Em relação aos países lusófonos, com Angola à cabeça, o melhor é estar calado. Se, por um lado, o presidente Eduardo dos Santos é amigo íntimo de José Sócrates, se a Sonangol é o pneu de socorro, o 112, da economia portuguesa, e muitos dos seus capangas continuam a ter cobertura oficial...
Sendo verdade, como disse Graça Machel, que “há crianças que não conhecem a paz”, importa dizer que os pais dessas crianças se calhar também a não conheceram, tal como importa dizer que mal vai parte deste mundo (e vai mesmo muito mal) quando a naior esperança de muita gente é apenas um dia ser... pobre.
1 comentário:
Daily Show - McCain versus McCain na ajuda financeira de 700 mil milhões de dólares à banca:
McCain: Os fundamentos deste pacote são bons... são fortes...
McCain: Demonstra a incrível influência dos lobbies e grupos de interesses.
McCain: Acredito que este plano irá dar lucro.
McCain: É uma loucura e uma obscenidade, porque é um desperdício do dinheiro dos contribuintes.
McCain: Os contribuintes serão os primeiros a receber, isso é um ponto importante desta proposta.
McCain: Isto são jogos de poder da pior espécie.
McCain: Regressei a Washington, consegui sentar os republicanos à mesa.
McCain: Estes financiamentos obscuros, estas jogadas escandalosas.
McCain: Melhoraram o plano.
McCain: É péssimo. E é uma... É uma fonte de corrupção.
McCain: E estou em crer que será aprovado.
Vídeo legendado em português (2:43m):
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