Angola vai ter o seu 1º Festival Internacional de Cinema (FIC - Luanda) de 22 a 29 de Novembro, com 30 filmes em competição e uma programação paralela com que a organização conta "abanar as estruturas".
Organizado pelo Instituto Nacional do Cinema, Audiovisual e Multimédia (IACAM) e com apoio do Ministério da Cultura de Angola, o FIC - Luanda surge "para abanar as estruturas e dar um impulso ao cinema no país", explicou à Lusa o realizador e produtor português Jorge António, que integra a organização,
Jorge António admitiu que a proposta do IACAM apresentada em 2007 ao Governo para a realização do festival teve como pressuposto a "enorme sede de conhecimento" do cinema e da cultura em geral que existe no país, mas também o desejo de que "o Governo perceba a importância de rapidamente fazer aprovar a Lei do Cinema".
Para o realizador, a Lei do Cinema é um "instrumento fundamental para regulamentar uma actividade que exige regras".
O que actualmente sucede, explicou, é que "há jovens, os videastas, a produzir filmes em vídeo, que são publicitados na comunicação e que, apesar de serem interessantes, não têm qualidade e não são a realidade do cinema angolano".
Apesar de não constar dos filmes a concurso nenhuma estreia, "mais de 90 por cento" das obras, das três categorias a concurso - Documentário, Curtas e Longas Metragens - não foram ainda exibidas em Angola.
Entre os filmes em competição estão alguns de realizadores portugueses, como "A Ilha dos Escravos", de Francisco Manso, e "4 de Copas", de Manuel Mozos, bem como angolanos na área do Documentário, como "O Ritmo do Ngola Ritmos", de António Olé.
Na programação paralela, o FIC - Luanda conta com um ciclo de conferências onde vão estar alguns dos grandes nomes do cinema africano, europeu e sul-americano, como Guy Borlee, da Cinemateca de Bolonha(Itália), Pablo Pacheco, de Cuba, ou Madu Chikwendo, da Nigéria.
De 27 a 28 decorrem, também na programação paralela, os Encontros CPLP de Cinema, nos quais se pretende discutir, segundo Jorge António, a problemática do cinema nos países da comunidade de língua portuguesa.
O júri do FIC - Luanda 2008 é presidido por António Olé e integra a actriz portuguesa Leonor Silveira, Stejan Hundic, jornalista e crítico croata, Rachid Ferchiou, cineasta da Tunísia, e ainda Chikwendo.
A actriz Maria de Medeiros, convidada da organização enquanto Actriz para a Paz da UNESCO, vai dar um concerto de solidariedade com o seu trio na sexta-feira, 28, em Luanda.
1 comentário:
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Bonita fotografia da minha cidade, Luanda, da qual me identifíco só com as cores da natureza,todo o resto não reconheço,nem me identifíco, desde 1975 passou a ser um kimbo qualquer de África.
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