sábado, novembro 01, 2008

Será possível “Nino” ser trunfo eleitoral?

A imagem do Presidente da Guiné-Bissau, "Nino" Vieira, está ser reivindicada por dois partidos na campanha para as legislativas do próximo dia 16 porque poderá ter "alguma influência" para a vitória eleitoral, disse à agência Lusa um analista político guineense.

Afinal, ao que parece, o povo guineense (tal como outros) parece disposto (o que, aliás, é legítimo) a votar com a barriga e não com a cabeça. Só assim me parece possível que “Nino” possa ser uma mais-valia nas eleições.

Fafali Kudauo, reitor da Universidade Colinas de Boé, defendeu que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido Republicano Independente para o Desenvolvimento (PRID) disputam a "legitimidade" da utilização da imagem de 'Nino' Vieira porque ambos têm a noção do capital político que o chefe de Estado personifica.

Capital político? Se Fafali Kudauo o diz é porque é mesmo assim. Mas custa a crer. Recordam-se que o antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Junior, chegou a dizer que “era impossível coabitar com “Nino” Vieira que não passava de um bandido e de um mercenário que traiu o povo"?

Ninguém se lembra que Nino Vieira é só por si uma enciclopédia de corrupção? Ninguém vê que Nino foi o único histórico que enriqueceu depois da independência, tornando-se o homem mais rico de um país miserável?

Nino vendeu e comprou as melhores empresas do país (Armazéns de Povo, Socomin, Dicol, Titina Sila, Cumeré, Blufo, Bambi, Volvo, Oxigénio e Acetileno, etc., etc.), tornando-se sócio do presidente Lassana Conté, da Guiné-Conakry para melhor traficar, entre outras riquezas, os diamantes da Serra Leoa.

"A imagem de um homem político é importante quando esse homem tem a quota em alta como é o caso do Presidente Vieira. Um herói durante a luta de libertação nacional, herói vivo durante o 14 de Novembro de 1998 quando liderou um golpe de Estado e actual Presidente da República", explicou Kudauo. Será?

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