O Procurador-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau, Luís Manuel Cabral, disse hoje haver dificuldades na audição de pessoas no âmbito das investigações aos assassínios do Presidente "Nino" Vieira e do chefe das Forças Armadas Tagmé Na Waié.
Não, não é uma piada de mau gosto. É uma realidade num país dessa coisa a que chamam Comunidade de Países de Língua Portuguesa, organismo que certamente ainda um dia deste vai receber uma (en)comenda ou algo similar pelos altos serviços prestados a coisa nenhuma.
"As pessoas pensam que nós não estamos a fazer trabalho. Nós estamos a fazer o nosso trabalho, mas há dificuldade em termos de resposta para que as pessoas possam ser ouvidas. A semana passada a PJ passou um ofício para ouvir dois deputados. Já ouvimos um. E falta ouvir um outro deputado que neste momento não se encontra no país", esclareceu Luís Manuel Cabral.
"A dificuldade reside nas respostas que estamos a aguardar e que até agora não obtivemos das instituições para quem expedimos ofícios", adiantou o PGR, sem especificar quais as instituições.
É caso para perguntar se tudo isto não é uma, mais uma, farsa num país que tende a ser um não-Estado governado, perante a passividade da comunidade internacional, pela lei da selva.
"A PJ já expediu vários ofícios a várias instituições do Estado e até agora estamos à espera de resposta. Se alguém é funcionário (do Estado), nós temos que expedir um ofício à instituição a que pertence e essa instituição deve passar-lhe uma guia de apresentação para ser ouvido. Aqui é que reside de facto a nossa dificuldade neste momento", esclareceu o PGR.
Pois. Ofício para aqui, ofício para ali. Guia para cima, guia para baixo e o povo continua a morrer à fome e ver nas actividades marginais, seja o narcotráfico ou o uso da violência armada, a única saída.
Questionado se as pessoas envolvidas nas investigações e que precisam de ser ouvidas estão preocupadas com a sua segurança, o PGR afirmou que se está num "país em que tudo pode acontecer".
"Temos de ser realistas e de facto não existem condições para que tudo possa correr bem, porque os membros da comissão também não têm segurança", disse.
"Num país em que não há segurança é muito complicado para as pessoas, porque se houvesse segurança o chefe de Estado-Maior e o PR não morriam. Então onde é que está a segurança?", questionou Luís Manuel Cabral.
É isso aí. No entanto, não custa à CPLP, à ONU, à União Europeia continuar a fingir que tudo está bem. Aliás, o mesmo discurdo que serviu para lamentar a morte de “Nino” Vieira servirá para lamentar o que previsivelmente vai acontecer ao próximo (é só alterar o nome). Portanto... nada de novo na velha política que institucionalizou a hipocrisia e que, por muito que isso me custe, continua a achar que os africanos em geral e os pretos em particular são cidadãos de terceira (na melhor das hipóteses).
"As pessoas pensam que nós não estamos a fazer trabalho. Nós estamos a fazer o nosso trabalho, mas há dificuldade em termos de resposta para que as pessoas possam ser ouvidas. A semana passada a PJ passou um ofício para ouvir dois deputados. Já ouvimos um. E falta ouvir um outro deputado que neste momento não se encontra no país", esclareceu Luís Manuel Cabral.
"A dificuldade reside nas respostas que estamos a aguardar e que até agora não obtivemos das instituições para quem expedimos ofícios", adiantou o PGR, sem especificar quais as instituições.
É caso para perguntar se tudo isto não é uma, mais uma, farsa num país que tende a ser um não-Estado governado, perante a passividade da comunidade internacional, pela lei da selva.
"A PJ já expediu vários ofícios a várias instituições do Estado e até agora estamos à espera de resposta. Se alguém é funcionário (do Estado), nós temos que expedir um ofício à instituição a que pertence e essa instituição deve passar-lhe uma guia de apresentação para ser ouvido. Aqui é que reside de facto a nossa dificuldade neste momento", esclareceu o PGR.
Pois. Ofício para aqui, ofício para ali. Guia para cima, guia para baixo e o povo continua a morrer à fome e ver nas actividades marginais, seja o narcotráfico ou o uso da violência armada, a única saída.
Questionado se as pessoas envolvidas nas investigações e que precisam de ser ouvidas estão preocupadas com a sua segurança, o PGR afirmou que se está num "país em que tudo pode acontecer".
"Temos de ser realistas e de facto não existem condições para que tudo possa correr bem, porque os membros da comissão também não têm segurança", disse.
"Num país em que não há segurança é muito complicado para as pessoas, porque se houvesse segurança o chefe de Estado-Maior e o PR não morriam. Então onde é que está a segurança?", questionou Luís Manuel Cabral.
É isso aí. No entanto, não custa à CPLP, à ONU, à União Europeia continuar a fingir que tudo está bem. Aliás, o mesmo discurdo que serviu para lamentar a morte de “Nino” Vieira servirá para lamentar o que previsivelmente vai acontecer ao próximo (é só alterar o nome). Portanto... nada de novo na velha política que institucionalizou a hipocrisia e que, por muito que isso me custe, continua a achar que os africanos em geral e os pretos em particular são cidadãos de terceira (na melhor das hipóteses).
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