O Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, foi hoje investido como Presidente, para cumprir um sexto mandato, aos 84 anos, com 24 no poder.
Mugabe que era o único concorrente às eleições, conseguiu 90,2 por vento dos votos num escrutínio classificado por alguns países como uma farsa. Apenas por alguns, registe-se.
“Servirei o país como Presidente com justiça e sinceridade, assim Deus me ajude”, jurou Mugabe hoje, menos de 24 horas após o fecho das urnas na segunda volta das eleições presidenciais.
Esta segunda volta das eleições presidenciais foi boicotada pelo principal partido da oposição, o MDC, Movimento para a Mudança Democrática,dirigido por Morgan Tsvangirai, que abandonou a corrida para evitar a violência que se instalou nos últimos dias, semanas, meses e anos no país.
Numa primeira volta, a 29 de Março, o partido da oposição ganhou, apesar de por pouca margem, de acordo com o registo da Comissão Nacional de eleições.Agora Mugabe teve 2.150.269 votos , o que significa 90,2 por cento. Tsvangirai, que apesar de se ter retirado da escolha, foi mesmo assim votado, teve 233 mil votos. Quase metade dos 5,9 milhões de eleitores inscritos votaram, com uma taxa de adesão de 42,3 por cento.
E, assim, a democracia funcionou no Zimbabué. A comunidade internacional, ou sejam a União Europeia, a ONU e a União Africana, pode ficar descansada. A violência vai continuar, a má governação também, mas tudo isso é pouco relevante.
Grã-Bretanha, EUA, China Rússia, África do Sul, Angola e Moçambique, entre outros, também podem ficar descansados. Ainda não foi deste que “Deus” quis tirar o poder a Robert Mugabe.
E, pelo que se tem visto e continuará a ver em África, tudo leva a crer que “Deus” é africano e por isso continuará a proteger os ditadores. Espero enganar-me, mas se hoje foi Roberto Mugabe, amanhã será José Eduardo dos Santos.
1 comentário:
O Zimbabué, como os outros, teem caminhar com os próprios sapatos.Não é assim que é correto?
Toda a gente tem que aprender com a própria experiência.
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