segunda-feira, agosto 18, 2008

Angola do MPLA onde os cães do ministro
comem mais e melhor do que 68% do Povo

No passado dia 12 de Janeiro, o Ministro da Defesa de Angola, Kundy Paihama, “botou faladura” num comício na Sede do Município da Matala e, quanto a mim, prestou um alto serviço ao país e até, digo-o em consciência, ao mundo democrático. É por isso que, porque Angola tem de mudar, importa pôr a memória a funcionar.

“Não percam tempo a escutar as mensagens de promessas de certos Políticos”, disse com o seu habitual brilhantismo oratório o ministro da Defesa do MPLA e do regime que (des)governa Angola desde 1975, acrescentando: “Trabalhem para serem ricos”.

A maioria do povo angolano, 68%, que vive abaixo da linha de pobreza entendeu a mensagem.

Digam lá que Kundy não é o espelho fiel do rei Eduardo dos Santos, o tal que agora promete um "caminho seguro para uma Angola melhor"?

Continuemos apelando à memória para bem dos milhões que têm pouco ou nada e que, ao contrário dos generais que compram quintas em Portugal para produzir vinho, nem dinheiro têm para um copito, com as verdades do ministro que, digo eu, deveriam fazer parte das enciclopédias políticas das universidades angolanas e, porque não?, de todo o mundo civilizado.

“Durmo bem, como bem e o que restar no meu prato dou aos meus cães e não aos pobres”, afirmou o ministro da Defesa do MPLA e do regime que (des)governa Angola desde 1975, Kundy Paihama. Não, não há engano. Reflectindo a filosofia basilar do MPLA, Kundy disse exactamente isso: o que sobra não vai para os pobres, vai para os coitados dos cães.

A maioria do povo angolano, 68%, que vive abaixo da linha de pobreza entendeu a mensagem.

E por que não vai para os pobres?, perguntam os milhões, os tais 68%, que todos os dias passam fome. Não vai porque não há pobres em Angola. E se não há pobres, mas há cães…

Continuemos com o discurso do ministro da Defesa do MPLA e do regime que (des)governa Angola desde 1975: “Eu semanalmente mando um avião para as minhas fazendas buscar duas cabeças de gado; uma para mim e filhos e outra para os cães”.

A maioria do povo angolano, 68%, que vive abaixo da linha de pobreza entendeu a mensagem.

Nem mais, senhor ministro da Defesa do MPLA e do regime que (des)governa Angola desde 1975. A liga de protecção dos animais (dos cães, no caso) agradecem e certamente vão atribuir-lhe uma medalha de mérito.

É claro que, embora reconhecendo a legitimidade que os cães do ministro da Defesa do MPLA e do regime que (des)governa Angola desde 1975 têm para reivindicar uma boa alimentação, não posso deixar de dar um conselho aos milhões, os tais 68%, de angolanos que são gerados com fome, nascem com fome e morrem pouco depois com fome.

Não. Não se transformem em cães para ter um prato de comida. Com o vosso voto ajudem Angola a mudar, de modo a que todos os que pensam como o ministro da Defesa do MPLA e do regime que (des)governa Angola desde 1975, tenham direito – apesar disso – a comer como os cães de Kundy Paihama.

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