sexta-feira, agosto 15, 2008

Tudo a postos para a vitória do MPLA

A contratação de 58 especialistas brasileiros em propaganda, liderados Carlos Monforte, por parte do MPLA já está a dar os seus resultados. Não em termos de um Estado de Direito Democrático mas, isso sim, em matéria de geo-estratégia pós eleitoral para vender, sobretudo para o exterior, gato por lebre.

De acordo com o “Africa Monitor”, uma sondagem que apresenta o MPLA em posição de folgada vantagem sobre os outros partidos face às eleições de 5 de Setembro, tem estado a ser mostrada a personalidades internacionais por dirigentes do partido e/ou governantes afectos ao mesmo.

A iniciativa, abrangendo também diplomatas acreditados em Luanda, é vista como artifício destinado a manter a confiança no MPLA (como se já não bastasse, por exemplo e entre outros, a subserviência do Governo de Lisboa) por parte dos seus parceiros externos, bem como a criar ambiente propício à pré-validação internacional do resultado eleitoral final – por correspondência entre o mesmo e o sentido das sondagens.

Ou seja, se as sondagens (esta e outras já forjadas e que aguardam apenas ordem para serem divulgadas) dizem que o MPLA vai ter 80% dos votos, não será de duvidar que depois de votação o mesmo MPLA apareça com 70 0u 75%. Está, portanto, tudo feito para que o MPLA (à custa de mais uns tantos dólares) coma de cebolada os observadores internacionais para quem –mesmo sem dólares – pouca diferença existe entre um gato e uma onça. Então se houver dólares, não haverá diferença.

A estratégia do MPLA, com a ajuda dos especialistas brasileiros (mas que contam com outros colaboradores lusófonos), passa igualmente pela sensibilização de meios de comunicação para a sua inevitável vitória. Em Portugal, por exemplo, parece ser ponto assente em muitos media que a vitória do partido que governa Angola há 33 anos está mais do que garantida.

Não sei em que critérios, variantes, extrapolações ou supostas sondagens se baseiam. Sei, contudo, que o empresário mais rico de Portugal, Américo Amorim (Grupo Américo Amorim, Galp Energia, Banco Popular, Corticeira Amorim, Banco Internacional de Crédito, Cimangola etc.) é sócio de Isabel dos Santos, filha do presidente da República de Angola e do MPLA...

1 comentário:

mafegos disse...

sei também que o Amorim usou fundos europeus e só não foi condenado,porque o estado?deixou passar o tempo para o acusar ou seja,quando o acusou seja tinha passado 15 dias do prazo.Em relação a famigerada reforma agraria em 75 e quando os industriais da cortiça chegaram a um acordo de não irem comprar nada as UCPS alentejanas comunistas-MFA,quem foi o artista que foi de madrugada por montes e vales comprar o que pertencia a gente que foi obrigada a fugir das suas herdades e agora estava nas mãos desses comunas,nomeadamente a cortiça.A grande Maria Armanda Falcão é que sabia,que pena o grande espólio da Vera Lagoa não estar nas minhas mãos.