sábado, agosto 30, 2008

Intelectuais angolanos, mas não só, em saldo

Para o secretário-geral da UNITA, Abílio Camalata Numa, a intelectualidade angolana é corrupta, porque veste a camisola do partido que implantou este mal em Angola. Tem razão. Mas, ser intelectual não é sinónimo de ser sério ou honesto.

Aliás, um exemplo da intelectualidade angolana é Pepetela que, contudo, participou no massacre de 27 de Maio de 1977 e, quer se queira quer não, tão responsável é o que puxa o gatilho como aquele que participa na farsa acusatória.

Camalata Numa manifestou-se desapontado com esta postura que afirma ser bastante estranha e “muito frustrante”. Frustrante é com certeza. Estranho já não me parece. Estranho é estranhar tudo o que se passa num país com tão altos índices de corrupção.

“O que se passa em Angola é que a maior parte da intelectualidade está exactamente vestida da camisola e dos símbolos daquele partido que implantou a corrupção neste país”, sustenta Numa. Pois é, e é esse partido, o MPLA, que tem dinheiro para comprar a intelectualidade esteja ela onde estiver, desde que seja útil à manutenção do poder.

Na opinião do dirigente da UNITA, “em todos os países do mundo, o intelectual é a moral da sociedade que arrasta a maioria para uma determinada direcção”.

Caro Numa. Foi tempo em que era assim. Em alguns países ainda é assim. Mas são cada vez menos. Cada vez mais os intelectuais pensam com a barriga, olham para o umbigo e estão a preços de saldo.

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