Correspondendo brilhantemente às indicações de rigor, isenção e objectividade dadas pelo patrão, MPLA/Governo, o Jornal de Angola (JA) escreve que “Raul Danda apareceu no tempo de antena da UNITA, apresentando-se como jornalista e independente”, acrescentando: “Mas a Vorgan já fechou e a sua independência vem do tempo da Voz do Galo Negro. Boa voz, diga-se de passagem. O eleitorado é que não pode ser embrulhado de uma forma tão directa”.
Querem melhor forma de rigor, isenção e objectividade em relação ao eleitorado que, como muito bem diz o JA, “não pode ser embrulhado de uma forma tão directa”?
Querem? Então vejamos o que o mesmo JA escreve em relação ao patrão:
“O MPLA prometeu criar um milhão de empregos nos próximos quatros anos. E a chancela não faltou: “compromisso do MPLA” que “só promete aquilo que pode cumprir”. Daqui a quatro anos os eleitores vão fazer as contas. De resto, até são contas fáceis de fazer”.
Por alguma razão, digo eu, o Observatório Político e Social de Angola (OPSA) acusou os órgãos de comunicação social estatais angolanos de se posicionarem "de forma clara" ao lado do partido no poder, o MPLA, num relatório sobre as eleições legislativas de Setembro.
É claro que sendo um dos órgãos oficiais da propaganda do MPLA, o Jornal de Angola cumpre as ordens do seu estalinista patrão. Não é, aliás, nada de novo e revela – isso sim é relevante - que os homens do poder estão perturbados. Estão e ainda vão estar mais.
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