O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, anunciou ao mundo (mau grado o boicote informativo normal quando o adversário domina o poder) o programa “Angola sem fome” se a UNITA vencer as eleições do próximo dia 5 de Setembro.
“Assumimos o compromisso de propor, à próxima Assembleia Legislativa, o projecto de lei Angola Sem Fome. Com ele atingiremos, aproximadamente, um terço da nossa população que nunca foi tida nem achada pelo actual regime”, disse Samakuva na reunião, em Luanda, da UPADD, União dos Partidos Africanos Para o Desenvolvimento da Democracia.
O programa “Angola Sem fome” distribuirá mensalmente, segundo a proposta da UNITA, a quantia de 7.400,00 kwanzas – o equivalente a 100 dólares – a todas as famílias abaixo da linha de pobreza.
“Dirão os detractores e os derrotistas que estamos a copiar de outros países. Que o digam, mas isso não nos impedirá de avançar rumo a este objectivo. Deve-se copiar o que é bom e rejeitar aquilo que não nos serve, como o governo actual do nosso País. O “Angola Sem Fome” será, sem dúvida, o maior agente de inclusão social do País e, quiçá, do continente africano”, afirmou o presidente da UNITA.
Finalmente alguém quer dar de domer a quem tem fome. Muita fome.
É que, como recordou Samakuva, embora Angola produza cerca de dois milhões de barris diários de petróleo, tenha receitas fiscais médias anuais superiores a 20 biliões de dólares e reservas acumuladas acima de 15 biliões de dólares, 68% da população vive à baixo da linha de pobreza.
Em 2007, o Produto Interno Bruto de Angola cresceu mais de 18%, mas a expectativa de vida dos angolanos é de 45 anos.
Tão simples, e dramático, quanto isso.
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