As eleições legislativas de 5 de Setembro em Angola vão contar com a presença no terreno de mais de 150 observadores eleitorais de organizações internacionais e dos EUA. Como é fácil de ver, dada a “pequenez” do país, são mais do que suficientes para garantir o ocupação das suites dos principais hotéis de Luanda.
De entre as organizações internacionais que vão estar no terreno, contam-se a União Europeia, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Parlamento Pan-Africano e ainda os EUA.
A União Europeia, com cerca de uma centena de membros na sua missão de observação eleitoral (MOEVE), é a mais alargada. A missão de observação do Parlamento Pan-Africano, de 27 elementos, é chefiada pelo deputado do Tchade, Idriss Mopussa, que já está em Luanda.
O moçambicano Leonardo Simão chefia a missão de 15 elementos da CPLP e, pouco depois de chegar a Luanda elogiou o “consenso nacional” que se verifica em Angola para “consolidar a paz” sublinhando ainda “a grande vontade de toda a população para que o processo eleitoral seja exemplar”.
A equipa da União Europeia, chefiada pela italiana Luísa Morgantini, é a que está há mais tempo no terreno, com elementos em todas as 18 províncias de Angola, e conta com perto de 100 observadores.
Já os EUA, segundo o seu embaixador em Luanda, Dan Mozena, vão apostar em cinco das 18 províncias, colocando os 40 efectivos no Bengo, Benguela, Luanda, Bié e Huambo.
Do “staff” norte-americano fazem parte 20 funcionários da sua representação diplomática no país e 20 técnicos angolanos, sendo que Dan Mozena já anunciou que vai estar pessoalmente a acompanhar a votação no mais populoso bairro da capital angolana, o Cazenga.
As principais organizações de observação eleitoral já fizeram saber que, tendo em conta a extensão do território angolano, com 12 400 Assembleias de Voto, cada uma constituída por quatro mesas, para 8,3 milhões de eleitores, vai haver uma “coordenação” e “contacto permanente entre si” para um melhor seguimento do “mapa” eleitoral.
Entretanto, situação que só foi desbloqueada nas últimas horas pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que coordena e acredita todos os observadores, nacionais e internacionais, já foi dada luz verde a cerca de 3 000 observadores nacionais.
A informação da acreditação dos observadores nacionais foi divulgada pela Plataforma Nacional da Sociedade Civil Angolana para as Eleições (PNASCAE), que na geografia escolhida para o trabalho no terreno, optou por 75 dos 164 municípios angolanos para ter gente, cobrindo as 18 províncias.
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