Há ditadores de primeira e de segunda. Há vítimas de primeira e de segunda. Radovan Karadzic é um aprendiz de carneiceiro se comparado com al-Bashir e, ao mesmo tempo, as vítimas de Darfur (pretos) valem menos, mas muito menos, do que as da Bósnia (brancos). E se Karadzic é, e bem, chamado de “carniceiro da Bósnia”, que nome deverá ser dado ao presidente do Sudão que é responsável por 300 mil mortos em Darfur? E, já agora, recorde-se que no Ruanda, segundo a ONU, 800 mil pessoas, essencialmente da minoria tutsi e hutus moderados, foram mortas durante o genocídio de Abril a Julho de 1994. Não é por nada, mas se quem está sempre a lembrar o passado deve perder um olho, quem dele se esquecer deve perder os dois.
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