Quando vejo jovens angolanos da UNITA, nascidos e crescidos no meio da guerra, a lutar pela sua Pátria, a chamar as coisas pelos seus nomes e a enfrentar de peito aberto os maus ventos e as péssimas marés, fico com a certeza de que Angola tem futuro, mau grado estar sem presente.
Por outro lado, quando vejo os jovens angolanos do MPLA, crescidos no seio do poder, a temer chamar as coisas pelos seus nomes e a meter o rabinho entre as pernas quando sopra uma brisa ou quando os ondas estão mais altas, fico com a certeza de que o MPLA não tem futuro, mau grado ter (ainda) algum presente.
Quando vejo jovens angolanos da UNITA, nascidos e crescidos no meio da destruição, da fome e da miséria, acreditar que é possível lutar pelos milhões que, como eles, têm pouco ou nada, e não pelos poucos que têm milhões, fico com a certeza de que Angola tem futuro.
Por outro lado, quando vejo os jovens angolanos do MPLA, nascidos e crescidos no meio da opulência, a defender que vale tudo para conseguir um tacho, mesmo deixar a coluna vertebral em casa, fico com a certeza de que o MPLA está entregue à bicharada.
Quando vejo jovens angolanos da UNITA, nascidos e crescidos sabe Deus como, a lutar pela Liberdade, pelo direito à diferença e pela democracia, fico com a certeza de que Angola terá um futuro digno.
Por outro lado, quando vejo os jovens angolanos do MPLA, nascidos e crescidos no meio da informação e da escolaridade, a claudicar perante os donos da verdade, a aceitar serenamente as ordens de um qualquer capataz que é director de qualquer coisa, fico com a certeza de que o MPLA está cada vez mais próximo de ser um conjunto de autómatos.
Obrigado aos jovens que não temem enfrentar o futuro que, durante 33 anos, foi sempre uma dádiva reservada aos filhos do MPLA.
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