Milhares de pessoas manifestaram-se hoje no mundo, logo após o início das Olimpíadas 2008, em Pequim, para denunciar as violações dos direitos humanos na China, no mesmo dia em que 1.400 exilados tibetanos foram detidos no Nepal. Nada de novo, portanto.
Após o início da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, a mobilização foi imediata e intensificada em várias partes do mundo, com milhares de pessoas a concentrarem-se junto das embaixadas chinesas na Europa. Vá lá que, aproveitando o balanço, houve quem também se manifestasse contra a violação dos direitos humanos no Zimbabué, em Darfur e na Birmânia.
Tudo isto não impediu o êxito mundial dos Jogos Olímpicos. Todos querem estar em Pequim. Desporto é desporto, política é política, dirão os apologistas da velha tese de que com o mal dos outros é fácil de lidar. Aliás, enquanto se acusa a China ninguém se lembra de Guantánamo, enquanto se acusa Pequim, ninguém se lembra de Luanda.
A par disso, tal como no contexto da diplomacia económica com a qual se legitimou e até enalteceu o panegírico de José Sócrates ao governo de Eduardo dos Santos, é normal que no âmbito de diplomacia desportiva se diga que o governo chinês é tudo um grupo de bons rapazes.
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