As eleições serão livres, justas e transparentes, garante o primeiro-ministro angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, refutando a “Human Rights Watch (HRW)”. Tão livres, justas e transparentes a ponto de o Director do Centro de Estudos, Investigação e Pós-Graduação da Universidade Lusíada de Angola (ULA) ter sido afastado – segundo o próprio – por ter manifestado o seu apoio à UNITA.
O governante, bem ao estilo de quem sabe o que diz mas não diz o que sabe, entende que a HRW, bem como muitos observadores no terreno, não tem razão porque, convenhamos, teima em não repetir as verdades oficiais.
No relatório publicado no passado dia 13 de Agosto, (ver Human Rights Watch diz que em Angola há intimidação dos media e da Oposição) a HRW expressou reservas em relação à realização de eleições justas e livres em Angola face às múltiplas falhas detectadas que, como é óbvio, são apenas as mais relevantes.
Segundo o MPLA, agora numa versão mais sofisticada fabricada pelos assessores brasileiros, a HRW, tal como todos aqueles que se recusam a ser câmara de eco dos manuais oficiais, “não querem que os angolanos tenham sucesso”.
Ficamos, portanto, a saber que quem quiser que os angolanos tenham sucesso têm de reproduzir as verdades oficiais, só as verdades oficiais, apenas a verdades oficiais. Estamos esclarecidos?
Estamos esclarecidos. E por estarmos esclarecidos é que dizemos que é preciso Mudar Angola.
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