O ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais, disse um dia destes, penso que no Sumbe, que os jornalistas devem estar preparados para transmitirem mensagens que fortaleçam a democracia em Angola e consolidem a paz e unidade nacional.
A tradução para português, respeitando – eu não respeito - ou não acordo ortográfico, dá-nos algo como: preparados para transmitirem a verdade oficial, a única que o MPLA está interessado em difundir.
Aliás, um pouco à semelhança do que faz em Portugal o seu (mais ou menos) homólogo, Augusto Santos Silva. Num lado a bem do reino de Eduardo dos Santos, no outro em defesa do reino de José Sócrates.
“Com o aproximar das eleições legislativas, a 5 de Setembro do corrente ano, cada jornalista deve ser um mensageiro da paz, da união e da reconciliação nacional”, referiu o governante, do MPLA, num encontro com profissionais da Comunicação Social.
É isso aí, senhor minitro. Como diria o seu amigo de Lisboa, olhai para o que eu digo e fazei o que nós queremos. Em Portugal os jornalistas já estão (mais do que) tarimbados no assunto. Em Angola para lá caminham.
O governante explicou que durante a campanha eleitoral, a iniciar a 5 de Agosto, os jornalistas não podem passar mensagens que incitam à violência, ao ódio e à discórdia entre os angolanos. Nem mais. E, é claro, não digam as verdades não oficiais porque essas incitam sempre à violência, ao ódio e à discórdia. Simples, não é?
Por outro lado, o ministro garantiu que o seu pelouro continuará a apoiar os órgãos da Comunicação Social, para que os jornalistas tenham melhores condições de trabalho e social. Em cheio. Sejam independentes, rigorosos, isentos, objectivos mas, é claro, não se esqueçam de quem vos manda os dólares. Ok?
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