“O Observatório Político e Social de Angola (OPSA) acusou os órgãos de comunicação social estatais angolanos de se posicionarem "de forma clara" ao lado do partido no poder, o MPLA, num relatório sobre as eleições legislativas de Setembro.
Não vejo onde está a novidade. Há muito, muito tempo já o Eugénio Costa Almeida (http://www.pululu.blogspot.com/) e eu aqui no Alto Hama dizemos exactamente a mesma coisa.
Ainda no passado dia1 - Os conselhos do ministro Manuel Rabelais (não se esqueçam de quem manda dólares) – escrevi que “o ministro garantiu que o seu pelouro continuará a apoiar os órgãos da Comunicação Social, para que os jornalistas tenham melhores condições de trabalho e social. Em cheio. Sejam independentes, rigorosos, isentos, objectivos mas, é claro, não se esqueçam de quem vos manda os dólares”.
No documento, citado pelo Angola24Horas.com com o título "Posição sobre as eleições legislativas de 2008 em Angola", o OPSA exemplifica que num levantamento recente, "detectou que entre Abril a Junho de 2008, nos 91 números do Jornal de Angola, o MPLA surge 22 vezes nos títulos da capa e contracapa".
É claro. Citando a entrevista de Eugénio Costa Almeida à Rádio Deutsche Welle, a cabeça dos angolanos, mesmo a dos jornalistas, pode estrar politizada, mas a barriga não.
No mesmo período, o Jornal de Angola, estatal e único diário do país, apenas coloca na capa três notícias sobre a UNITA, maior partido da oposição, e a FNLA, o outro dos três partidos históricos de Angola, "apenas" surge uma vez, segundo o OPSA.
O MPLA não brinca em serviço e, por isso, entende que os jornalistas - que paga com o dinheiro que deveria servir também para matar a fome aos angolanos – são livres de dizer o que o MPLA quer que se diga.
Apesar de nomear apenas dois órgãos estatais, o Jornal de Angola e a Televisão Pública de Angola, as críticas do OPSA são direccionadas também para a agência de notícias Angop e a Rádio Nacional de Angola.
Pois. São todos farinha do mesmo saco. Mas, com um pouco de atenção, veremos que não são só os media do estado angolano a fazer de correia de transmissão do MPLA. Em português há muitos que já estão em campanha.
Pois. São todos farinha do mesmo saco. Mas, com um pouco de atenção, veremos que não são só os media do estado angolano a fazer de correia de transmissão do MPLA. Em português há muitos que já estão em campanha.
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