O prémio Nobel de Literatura 1982, o colombiano Gabriel García Márquez, confessou "sofrer como um cão" pela má qualidade do jornalismo escrito e porque é raro encontrar artigos ou reportagens que sejam "autênticas jóias". Se o escritor lesse o que se passa em Angola ou em Portugal não falaria certamente de má qualidade do jornalismo...
Em conversa com os jornalistas antes do início do "VI seminário internacional sobre a procura da qualidade jornalística", em que participam mais de 100 profissionais do sector da América Latina, Europa e EUA, "Gabo" lamentou que o jornalismo actual se faça tão depressa, em consequência do que os jornalistas não podem pensar melhor o que escrevem.
Não podem? Não querem? Não os deixam? Ainda há jornalistas?
Para García Márquez, ele próprio jornalista antes de se dedicar por inteiro à literatura, o jornalismo "é o ofício mais belo" e "contra isso não há nada a fazer". "Não há no mundo melhor ofício do que este, mas na minha idade já me aborrece muito", disse. Pois. O Jornalismo foi isso, agora é comércio.
García Márquez lê diariamente vários jornais e é sempre - classifica - "um desastre", que o faz "sofrer como um cão".
Consciente de que, agora, ao contrário do que acontecia no seu tempo de jornalista, os jornais "têm de competir" com a rádio e a televisão, "Gabo" está, no entanto, convencido de que a escrita tem uma grande vantagem sobre os outros meios. "Escrever - argumentou - sai da alma. Os outros ´media' são aparelhos, são máquinas".
Nas suas leituras, o escritor encontra muito poucas reportagens ou artigos que possam ser consideradas "jóias" mas, quando isso acontece, pensa: "Quem será este tipo?".
"Foi sempre assim - reconheceu - , mas, antes, havia uma vantagem: o jornal era mais difícil de fazer e as máquinas nunca funcionavam bem, o que nos dava tempo para pensar um bocadinho."
Em conversa com os jornalistas antes do início do "VI seminário internacional sobre a procura da qualidade jornalística", em que participam mais de 100 profissionais do sector da América Latina, Europa e EUA, "Gabo" lamentou que o jornalismo actual se faça tão depressa, em consequência do que os jornalistas não podem pensar melhor o que escrevem.
Não podem? Não querem? Não os deixam? Ainda há jornalistas?
Para García Márquez, ele próprio jornalista antes de se dedicar por inteiro à literatura, o jornalismo "é o ofício mais belo" e "contra isso não há nada a fazer". "Não há no mundo melhor ofício do que este, mas na minha idade já me aborrece muito", disse. Pois. O Jornalismo foi isso, agora é comércio.
García Márquez lê diariamente vários jornais e é sempre - classifica - "um desastre", que o faz "sofrer como um cão".
Consciente de que, agora, ao contrário do que acontecia no seu tempo de jornalista, os jornais "têm de competir" com a rádio e a televisão, "Gabo" está, no entanto, convencido de que a escrita tem uma grande vantagem sobre os outros meios. "Escrever - argumentou - sai da alma. Os outros ´media' são aparelhos, são máquinas".
Nas suas leituras, o escritor encontra muito poucas reportagens ou artigos que possam ser consideradas "jóias" mas, quando isso acontece, pensa: "Quem será este tipo?".
"Foi sempre assim - reconheceu - , mas, antes, havia uma vantagem: o jornal era mais difícil de fazer e as máquinas nunca funcionavam bem, o que nos dava tempo para pensar um bocadinho."
Era, digo eu, o jornalismo 24 horas por dia; era o poder das ideias acima das ideias de poder; era a força da razão acima da razão da força. Era.
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