O líder da UNITA, Isaías Samakuva, afirmou hoje, corroborando as declarações da chefe da Missão de Observadores da União Europeia, Luisa Morgantini, que o processo eleitoral em Luanda está a decorrer "com grande confusão", considerando "inaceitável" que tudo esteja a transformar-se num "completo desastre".
É o MPLA no seu melhor. Aliás, a assembleia de voto da Cidade Alta só abriu depois de Eduardo dos Santos votar, desrespeitando os populares que foram obrigados a aguardar mais de 90 minutos para que o presidente (da República e do MPLA) votasse.
Samakuva manifestou o desejo que, ao longo do dia, o processo possa melhorar em Luanda, onde se concentra um terço dos cerca de 8,3 milhões de eleitores inscritos para as eleições legislativas de Angola.
"Segundo as informações de que disponho, a votação em Luanda está uma grande confusão, um completo desastre. Espero que as coisas melhorem ao longo do dia", afirmou o presidente da UNITA, admitindo, porém, que, no resto do país, as coisas estão a decorrer "bastante melhor".
Questionado se é a credibilidade do processo eleitoral que está em causa, Samakuva respondeu que, se as coisas continuarem assim, a votação "é inaceitável". “Espero que as coisas possam ser corrigidas ao longo do dia porque senão vamos ter um problema muito grande”, adiantou Samakuva.
Será que a confusão visa criar condições para que a votação seja prolongada até amanhã? Nunca se sabe. Do MPLA (que está no poder desde 1975) é de esperar tudo. Aliás, mais um dia de votação daria, como em 1992, uma grande ajuda aos especialistas eleitorais do regime que trabalham bem durante a noite.
Trabalham bem, diga-se, na viciação dos resultados.
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