O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, considerou hoje, em Bruxelas, que a haver problemas com a emissão de vistos a jornalistas portugueses para a cobertura das legislativas em Angola serão apenas de atraso. É assim. Não há pior cego do que aquele que não quer ver. Ou há outras razões? É claro que há.
“Esperemos que seja apenas isso”, referiu, acrescentando ser “muito exagerado fazer-se “um julgamento que vai no sentido de bloqueio” por parte de Luanda a órgãos de comunicação social portugueses, sublinhou Sócrates, à margem da cimeira extraordinária de líderes da União Europeia.
José Sócrates disse ter sabido da existência de problemas com a emissão de vistos, tendo a indicação de que “está a demorar muito, o que naturalmente causa alguma impaciência nos órgãos de informação que querem cobrir as eleições em Angola”.
O primeiro-ministro considerou ainda ser “muito importante para Angola” que haja uma ampla cobertura jornalística do escrutínio de sexta-feira. Pois.
Recordam-se que há pouco tempo (17 de Julho) José Sócrates afirmou em Luanda: "Venho aqui dar uma palavra de confiança a Angola no trabalho que o Governo angolano tem feito que é, a todos os títulos, notável. Basta olhar para os indicadores"?
Recordam-se que há pouco tempo (17 de Julho) José Sócrates afirmou em Luanda: "Quero que o Governo de Angola saiba que temos confiança no povo angolano, que temos confiança em Angola, temos confiança no Governo angolano e no trabalho que tem desenvolvido"?
Recordam-se que há pouco tempo (17 de Julho) José Sócrates afirmou em Luanda: "O trabalho do Governo tem permitido que Angola tenha hoje um prestígio internacional, que tenha subido na consciência internacional e que seja hoje um dos países mais falados e mais reputados"?
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