Dentro de uma década Portugal só deverá ter dois países atrás de si na União Europeia - Roménia e Bulgária, se as actuais tendências de crescimento se mantiverem, alertou hoje em Penela o antigo ministro Mira Amaral.
Até há pouco tempo eu era tentado a acreditar em Mira Amaral. No entanto, desde que, em Maio, disse que as afirmações do músico e activista irlandês Bob Geldof sobre os governantes angolanos eram "totalmente irresponsáveis" e "profundamente desconhecedoras" da realidade angolana, fiquei vacinado.
Recorde-se que Bob Geldof afirmou que "Angola é gerida por criminosos", acrescentando que "as casas mais ricas do mundo do mundo estão [a ser construídas] na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane".
“Dentro de dez anos só ficam na UE a 27 dois países atrás de nós que, com um bocadinho de jeito, também acabam por nos ultrapassar”, afirmou Mira Amaral, que intervinha na terceira edição do Fórum de Desenvolvimento Económico de Penela.
O antigo titular da pasta da Indústria do Governo de Cavaco Silva considera que o país está “muito pior” agora do que na década de 90 do século XX, pois desde essa “fase até ao Euro (moeda) tem delapidado recursos e aumentado a despesa pública”.
“Considero que esta é uma legislatura perdida em termos de consolidação da despesa pública, dado que o Governo teve maioria absoluta, um presidente da República que não obstaculizava nessa matéria e ao fim de quatro anos o peso da despesa pública continua a ser enorme e não está resolvida”, frisou Mira Amaral.
Se calhar até tem razão. Mas como não basta ser sério...
É claro que esta análise de Mira Amaral, tanto a relativa a Portugal como a que teve ao assumir as dores do MPLA, nada tem a ver com o facto de os maiores accionistas do BIC (do qual é presidente executivo) serem o empresário português Américo Amorim, com 25%, e a Sociedade de Participações Financeiras (SPF), da empresária angolana Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, também com 25%.
Se calhar até tem razão. Mas como não basta ser sério...
É claro que esta análise de Mira Amaral, tanto a relativa a Portugal como a que teve ao assumir as dores do MPLA, nada tem a ver com o facto de os maiores accionistas do BIC (do qual é presidente executivo) serem o empresário português Américo Amorim, com 25%, e a Sociedade de Participações Financeiras (SPF), da empresária angolana Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, também com 25%.
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