Ontem escrevi aqui que “em bases militares contíguas a Kinshasa, a língua oficial é o português das Forças Armadas de Angola”, acrescentando que “Joseph Kabila não acredita na capacidade do seu exército, e muito menos nas forças da ONU, para fazer frente a Nkunda”.
Também escrevi que Kabila “acredita, contudo, na capacidade bélica do maior e melhor exército da região, o de Angola “e que este, pela calada da noite e entre os devaneios de uma solução política sugerida pelos enviados de Paris e Londres, Bernard Kouchner e David Miliband, já começou a reforçar as forças que há algumas semanas mandara, pelo sim e pelo não, para Kinshasa”.
Poucos terão dado como verdadeira esta informação aqui dada, embora ela fosse já do conhecimento de muitos outros jornalistas em Portugal mas que, por questões editoriais (em português isto quer dizer por pressão de alguém), resolveram calar-se, ou a isso foram obrigados.
Hoje, contudo, algumas agências internacionais de informação, avançaram que o porta-voz do general Laurent Nkunda, Bertrand Bisimwa, afirmou que “dois vizinhos do Congo, Angola e Zimbábue, estão a mobilizar tropas para ajudar o governo congolês, o que aumentou o temor de que estoire uma guerra regional na África centro-austral”.
Essas mesmas agências salientam que “o governo do Zimbábue negou que esteja a preparar tropas para o conflito”, acrescentando que “o governo de Angola, antigo aliado do Congo, não respondeu”, mas recordando que “na semana passada, Kabila pediu a ajuda do governo de Angola”.
Para que conste.
1 comentário:
É mais um erro gravissimo que o MPLA comete. Os tempos mudaram, mudam sempre, e lá vai Angola para uma boa armadilha que lhe montaram. Já não lhes chegam os problemas internos. Mas, como tudo está subpraimado, nada adianta. ´Todos para o inferno do suicidio. Acho que é a última odisseia Angolana. Que loucura...os tempos de 1975, 1992 já lá vão. E desde quando é que Angola é potência regional? Potência regional da fome, sim!
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