O ministro português dos Assuntos Parlamentares (entre mil e uma outras capacidades catedráticas reconhecidas em todo o mundo, incluindo o Burkina Faso), Augusto Santos Silva, acusou hoje a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, de insultar o primeiro-ministro, José Sócrates, considerando que essa "é a arma própria dos fracos".
Não. Até ver, o insulto é a arma dos poderosos. Isto porque todos os dias o governo de José Sócrates insulta os portugueses, tratando a sub-espécie dos que não são socialistas abaixo de cão. Muito abaixo.
Augusto Santos Silva reagia em conferência de imprensa a declarações hoje proferidas por Manuela Ferreira Leite, em Évora, no encerramento das Jornadas Parlamentares do PSD, em que acusou Sócrates de não ser confiável. Se calhar também é verdade que a líder do PSD não é confiável. Mas quanto a Sócrates, não é se calhar, é mesmo. Não é confiável.
"Não podemos confiar em alguém que diz hoje uma coisa e amanhã o seu contrário, que afirma algo como se fosse verdade e depois age exactamente ao contrário do que apregoou", defendeu Manuela Ferreira Leite, referindo-se ao pagamento das dívidas do Estado anunciado no domingo pelo Governo.
E é destas verdades que Augusto Santos Silva não gosta que digam do soba. Aliás, este ministro só gosta das verdades que sejam ditas por ele, admitindo algumas, mas poucas, excepções para as que sejam ditas por José Sócrates.
Na resposta, o ministro dos Assuntos Parlamentares acusou a líder do PSD de "enveredar pelo ataque pessoal e pelo insulto, quando o insulto é a arma própria dos fracos e que demonstra o desespero em que se encontra a actual liderança" dos sociais-democratas.
E se Silva disse, está dito. Ele é que é o dono da verdade. Recordam-se que ele disse que que havia professores (não socialistas, obviamente) que não sabiam distinguir entre Salazar e os democratas?
E se Silva disse, está dito. Ele é que é o dono da verdade. Recordam-se que ele disse que que havia professores (não socialistas, obviamente) que não sabiam distinguir entre Salazar e os democratas?
Na perspectiva do ministro português dos Assuntos Parlamentares (entre mil e uma outras capacidades catedráticas reconhecidas em todo o mundo, incluindo o Burkina Faso), no discurso que Manuela Ferreira Leite fez hoje "houve ataques pessoais directos ao primeiro-ministro - ataques que revelaram uma situação de desespero do PSD".
Com o seu habitual e certamente nobel poder dialéctico, Silva disse que "o debate democrático deve ser um debate de ideias. Não tem que ser um debate em torno das adjectivações pessoais que cada um entenda fazer".
E, é claro, adjectivações pessoais são coisas que os socialistas, que estes socialistas, nunca fazem.
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