Ao mesmo tempo que Portugal celebra uma das mais importantes efemérides da sua História moderna, o aniversário da Revolução do 25 de Abril, África em geral, e a Lusófona em particular, “celebram” o facto de que 90 por cento dos mais de um milhão de mortes anuais provocadas pela Malária ocorrem neste continente.
Ao mesmo tempo que Cavaco Silva discursa, em Lisboa, África regista que aquela doença mata uma criança em cada 30 segundos... Mas Portugal regista igualmente mais de 700 mil desempregados, bem como cerca de 40% da população que começa a ter dificuldades em viver sem comer.
Certamente que Portugal tem toda a legitimidade para festejar uma data que foi importante também para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Aliás, foi graças a esse 25 de Abril que eu posso, hoje, aqui escrever o que entendo.
Também é graças a esse 25 de Abril que muitos fazem tudo para que eu, como outros, não possa pôr o poder das ideias acima das ideias de poder.
Lisboa quer hoje, 36 anos depois, pôr a razão da força acima da força da razão. E se assim é, que o diga e assuma de uma vez por todas. Se para se ser cidadão de primeira é preciso, hoje, ser socialista mais do que ser competente, então que se assuma.
Se Portugal quer apenas trabalhar com os poucos que têm milhões e não com os milhões que têm pouco, que o diga abertamente.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, lembrar que em todo o Mundo 815 milhões de pessoas sentem todos os dias, a todas as horas, o que é a fome.
Quase todas nasceram com fome, sobreviveram com fome e morrem com fome. Muitas delas pertencem à Lusofonia, apesar de os dirigentes da CPLP continuarem a ter (pelo menos) três refeições por dia.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, lembrar que 1,1 mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável; 2,5 mil milhões não têm saneamento básico; 30 mil morrem diariamente devido ao consumo de água imprópria.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, recordar os actuais 700 mil desempregados que sabem que os 3,1 milhões euros que António Mexia arrecadou significam que ganhou em cada mês 25 anos de salário médio de cada português.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, lembrar que não adianta ter uma democracia quando se tem a barriga vazia.
Certamente que Portugal tem toda a legitimidade para festejar uma data que foi importante também para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Aliás, foi graças a esse 25 de Abril que eu posso, hoje, aqui escrever o que entendo.
Também é graças a esse 25 de Abril que muitos fazem tudo para que eu, como outros, não possa pôr o poder das ideias acima das ideias de poder.
Lisboa quer hoje, 36 anos depois, pôr a razão da força acima da força da razão. E se assim é, que o diga e assuma de uma vez por todas. Se para se ser cidadão de primeira é preciso, hoje, ser socialista mais do que ser competente, então que se assuma.
Se Portugal quer apenas trabalhar com os poucos que têm milhões e não com os milhões que têm pouco, que o diga abertamente.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, lembrar que em todo o Mundo 815 milhões de pessoas sentem todos os dias, a todas as horas, o que é a fome.
Quase todas nasceram com fome, sobreviveram com fome e morrem com fome. Muitas delas pertencem à Lusofonia, apesar de os dirigentes da CPLP continuarem a ter (pelo menos) três refeições por dia.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, lembrar que 1,1 mil milhões de pessoas não têm acesso a água potável; 2,5 mil milhões não têm saneamento básico; 30 mil morrem diariamente devido ao consumo de água imprópria.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, recordar os actuais 700 mil desempregados que sabem que os 3,1 milhões euros que António Mexia arrecadou significam que ganhou em cada mês 25 anos de salário médio de cada português.
Deixem-me, quando passam 36 anos sobre a dita Revolução dos Cravos, lembrar que não adianta ter uma democracia quando se tem a barriga vazia.
Sem comentários:
Enviar um comentário