Em Julho de 2005 li o editorial do Rogério Gomes que dizia: "O Comércio do Porto não acaba em definitivo". Mas acabou. Era previsível. É difícil sobreviver quando se luta num meio, jornalístico, empresarial e político, em que prolifera o primado da subserviência em vez do primado da competência.
"Confio que o mais antigo jornal do Continente ressurgirá em breve e continuará o seu papel insubstituível de voz da Região Norte", escreveu então Rogério Gomes, contrariando na altura “A Capital” que assumia ser o “Fim”.
É "mais um duro golpe na perda de influência do Porto no panorama nacional da comunicação social e até mesmo da vida económica", sublinhou nesse tempo o líder do PS/Porto e candidato à Câmara local, Francisco Assis.
Teve razão. Mas não basta tê-la. O que fez o PS, que por sinal estava, como ainda está, no Governo? Nesta matéria, como em tantas outras, limitou-se a valorizar a subserviência em detrimento da competência.
Por sua vez, a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP (DORP) manifestou "total disponibilidade para participar num movimento cívico em defesa desta publicação, contrariando a sua subtracção à vida social e cultural do Porto".
Pois. Mas não bastou. Como continua a não bastar. Entre a disponibilidade e a acção vai uma grande distância.
Por seu lado, o deputado do Bloco de Esquerda João Teixeira Lopes, chamou à empresa proprietária dos jornais, a Prensa Ibérica, "investidores-predadores".
Esqueceu-se de, na altura, dizer que a culpa é de quem forneceu a corda que agora a Prensa Ibérica utiliza para enforcar os trabalhadores. E quem a forneceu fomos todos nós.
Também o presidente Distrital do PSD/Porto, Marco António Costa, emitiu em Julho de 2005 (ao contrário do que fez na altura do despedimento colectivo nos jornais da Controlinveste) um comunicado manifestando "preocupação" pela suspensão do jornal que - disse - "tem desempenhado um papel importante na sociedade civil nortenha".
Pois. E o que fez o PSD para evitar a situação?
Ainda na área social-democrata, Luís Filipe Menezes, apelou à Junta Metropolitana do Porto para estudar uma solução que garanta a sobrevivência do matutino “O Comércio do Porto”.
Na altura escrevi: Falta é saber se amanhã o autarca de Gaia ainda se lembra do que disse hoje. Pois foi, pois é. Tanto ele como todos os outros que deitaram faladura... esqueceram-se no próprio dia.
É "mais um duro golpe na perda de influência do Porto no panorama nacional da comunicação social e até mesmo da vida económica", sublinhou nesse tempo o líder do PS/Porto e candidato à Câmara local, Francisco Assis.
Teve razão. Mas não basta tê-la. O que fez o PS, que por sinal estava, como ainda está, no Governo? Nesta matéria, como em tantas outras, limitou-se a valorizar a subserviência em detrimento da competência.
Por sua vez, a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP (DORP) manifestou "total disponibilidade para participar num movimento cívico em defesa desta publicação, contrariando a sua subtracção à vida social e cultural do Porto".
Pois. Mas não bastou. Como continua a não bastar. Entre a disponibilidade e a acção vai uma grande distância.
Por seu lado, o deputado do Bloco de Esquerda João Teixeira Lopes, chamou à empresa proprietária dos jornais, a Prensa Ibérica, "investidores-predadores".
Esqueceu-se de, na altura, dizer que a culpa é de quem forneceu a corda que agora a Prensa Ibérica utiliza para enforcar os trabalhadores. E quem a forneceu fomos todos nós.
Também o presidente Distrital do PSD/Porto, Marco António Costa, emitiu em Julho de 2005 (ao contrário do que fez na altura do despedimento colectivo nos jornais da Controlinveste) um comunicado manifestando "preocupação" pela suspensão do jornal que - disse - "tem desempenhado um papel importante na sociedade civil nortenha".
Pois. E o que fez o PSD para evitar a situação?
Ainda na área social-democrata, Luís Filipe Menezes, apelou à Junta Metropolitana do Porto para estudar uma solução que garanta a sobrevivência do matutino “O Comércio do Porto”.
Na altura escrevi: Falta é saber se amanhã o autarca de Gaia ainda se lembra do que disse hoje. Pois foi, pois é. Tanto ele como todos os outros que deitaram faladura... esqueceram-se no próprio dia.
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