O ministro da Defesa de Portugal, Augusto Santos Silva, garantiu hoje aos deputados da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura que o Governo desconhecia a intenção da Portugal Telecom de comprar uma participação na dona da TVI.
E se ele o diz... tratando-se de um especialista em tudo (foi ministro da Educação entre 2000 e 2001, depois de ter sido secretário de Estado da Administração Educativa entre 1999 e 2000, assumiu a pasta da Cultura entre 2001 e 2002 e liderou os Assuntos Parlamentares), só me resta dizer que sua santidade Santos Silva deve ter carradas e carradas de razão.
Augusto Santos Silva foi ouvido sobre o exercício da liberdade de expressão em Portugal e uma alegado plano do Governo para controlar a comunicação social nomeadamente através da PT, tendo referido no inicio da audição estar a falar na qualidade de cidadão e não de ministro.
Ora aí está. Uma vez, creio que na Madeira, o ministro Almeida Santos estava de visita também na qualidade de cidadão. Eis senão quando levou uns empurrões. Foi remédio santo. Passou imeditamente a ser ministro.
Um dia destes ainda vamos ver Augusto Santos Silva a pedir, na sua qualidade de ministro da Defesa, ajuda aos militares para malhar em todos os que com ele não concordam, bem como para ensinar aos professores a diferença entre Salazar e os democratas.
Não. Para meter na ordem os jornalistas, uma das suas grandes especialidades, não precisa de ninguém. Já colocou nos sítios certos os seus mabecos, os sipaios e os chefes de posto.
Visto, certamente por gente míope, como um homem competente e com grande capacidade de trabalho, Augusto Santos Silva foi considerado um dos ministros mais 'políticos' do primeiro Governo de José Sócrates. Se competência significa prepotência e arrogância, então retiro o que escrevi...
É claro que competência significa no dicionário socialista a capacidade para malhar em todos os que pensam de maneira diferente, signfica ter associado, em Janeiro de 2006, a eleição de Cavaco Silva, "o candidato apoiado pela direita", a uma tentativa de "golpe de Estado constitucional".
No último congresso socialista, Santos Silva foi eleito director do Acção Socialista, o órgão oficial do PS, sendo responsável na direcção partidária por toda a imprensa do partido.
Isto para além, é claro, de toda a outra restante imprensa.
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