domingo, abril 04, 2010

“Remunerações do presidente da EDP são obscenas”, afirma (e bem) Tó Zé Seguro

O dirigente socialista António José Seguro considerou hoje “obscenos” os valores das remunerações referentes a 2009 pagas ao presidente executivo da EDP, António Mexia, que terão atingido 3,1 milhões de euros.

No dia 27 de Novembro de 2008, o Tó Zé Seguro negou estar a preparar uma candidatura a secretário-geral do PS em oposição ao actual líder do partido, José Sócrates, embora avisando – como hoje se comprova mais uma vez – que nunca abdicará de ter "opinião própria".

Nesse dia escrevi aqui um texto com o título: “Com António José Seguro como líder até eu admitiria (confesso) votar no PS”.

Também no seu site (
www.antoniojoseseguro.com) disse que “tal não obsta a que eu continue, quando entender, a expressar as minhas opiniões sobre o nosso país, no interior do PS e publicamente. Ter opinião própria não significa que tenha de ser candidato. E eu não abdico de expressar as minhas opiniões, bem como de apresentar propostas para melhorar a vida dos portugueses".

Hoje, numa nota colocada no seu site a propósito das remunerações do presidente da EDP, diz que “em fase de enormes dificuldades e de exigência de sacrifícios aos portugueses, é incompreensível como se atingem estes valores remuneratórios. É uma imoralidade!”, refere o ex-ministro de António Guterres e ex-líder parlamentar do PS.

Em declarações à agência Lusa, António José Seguro reiterou esta posição e observou ainda que a EDP é a empresa mais endividada do mercado de capitais português com 14,007 mil milhões de euros (mais 117 milhões do que em 2008).

De acordo com informação enviada pela EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), António Mexia recebeu em 2009 mais de 1,9 milhões de euros em remunerações fixas, variáveis e prémios plurianuais, ou seja, 0,19 por cento dos 1,024 mil milhões de euros do lucro da eléctrica.

António Mexia recebeu, em 2009, 700 mil euros em salários fixos e 600 mil euros em remuneração variável (que varia segundo objectivos atingidos). A estes valores junta-se um prémio plurianual de mandato de 1,8 milhões de euros, que entra nas contas de 2009 e que corresponde a 600 mil euros por cada um dos três anos.

Assim, o presidente executivo da eléctrica portuguesa irá receber este ano um total de 3,1 milhões de euros, quando a assembleia geral de accionistas, marcada para 16 de Abril, aprovar as contas de 2009.

2 comentários:

Anónimo disse...

O dirigente socialista António José Seguro,

com um discurso que parece maduro,

considera “obscenos” os valores das remunerações

pagas ao presidente executivo da EDP:

três virgula um milhões.

Já se vê,

com esse pensamento tão terno,

por isso é que não foi escolhido para o governo

onde a afirmação de dignidade

está só na defesa da recto-actividade,

para fora e para dentro,

como filosofia de desenvolvimento.

Consulino Desolado

mafegos disse...

o problema é que os socialistas se esquecem quanto roubaram através de Macau.O João Soares diz que está escandalizado?
e eu não estou ou ele pensa que eu não sei quem é o pai dele,um tal Mário Soares.
O partido comunista tem uma lista de propriedades de fazer inveja,muitas provavelmente devem ter sido gamadas no 25 de abril aos seus donos,tal como as que pertencem ao partido socialista e esse é o grande problema deste país ,ninguém tem moral para falar.
Agora que é uma vergonha o salário do Mexia,não tenho dúvidas e já que me roubam uns euritos na factura da EDP com a taxa do audiovisual,eu que sou cliente da tv cabo,logo estou a pagar televisão duas vezes,privatize-se a empresa.