José Sócrates e Pedro Passos Coelho sublinharam hoje a intenção de “trabalhar em conjunto” para tentar debelar a crise económica e financeira de Portugal, antecipando medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento.
Dizem que, numa altura em que os portugueses começam a morrer por não terem aprendido a viver sem comer, é preciso unir forças para colocar o país na rota certa.
O Alto Hama vai também dar o seu contributo. Sendo feito por um jornalista, vai procurar saber o que se passa para não ser imbecil. E sabendo o que se passa não vai ficar calado porque não quer ser criminoso.
Portugal está, desde há meses, na mira dos especuladores dos mercados financeiros. Depois de despejarem um forte arsenal bélico sobre a Grécia, viram-se agora para as ocidentais praias lusitanas.
Apesar de o espectro da bancarrota ter chegado com armas e bagagens a Lisboa, Portugal continua a cantar e a rir para os 40% de potenciais pobres e 700 mil desempregados, tal como continua a achar um bom exemplo de moralidade interna e externa que os valores das remunerações referentes a 2009 pagas ao presidente executivo da EDP, António Mexia, atinjam 3,1 milhões de euros.
Este parece ser, aliás, mais um exemplo de quem prefere ser assassinado pelo elogio do que salvo pela crítica. Quando Simon Johnson escreveu no “The New York Times” que o próximo problema global dava pelo nome de Portugal, todos lhe chamaram ave de mau agoiro.
"O próximo no radar será Portugal. Este país escapou em grande medida às atenções, muito porque a espiral da Grécia desvaneceu. Mas ambos estão economicamente à beira da bancarrota, e ambos parecem muito mais perigosos do que Argentina parecia em 2001, quando entrou em incumprimento", dizia (e diz) a análise do economista, que é Professor no Massachusstts Institute of Technology.
Em bom ou mau português (para o caso tanto faz), dir-se-á que quem for o último a sair que feche a porta (se ainda existir porta) e apague a luz (se ainda não tiver sido cortada por António Mexia). Nada mau.
"Os portugueses nem sequer estão a discutir cortes sérios. (…) Estão à espera e com a esperança de que possam crescer suficientemente para sair desta confusão, mas esse crescimento só pode chegar através de um espantoso crescimento económico a nível global", diz Simon Johnson que, certamente, se esqueceu de ouvir o contraditório de não menos insignes especialistas lusos, caso de Vítor Constâncio.
Simon Johnson considera ainda que "nem os líderes políticos gregos, nem os portugueses, estão preparados para realizar os cortes necessários", que o Governo português "pode apenas aguardar por vários anos de alto desemprego e políticas duras", e ainda que os políticos portugueses podem apenas "esperar que a situação piore, e então exigir também um plano de apoio".
Não é propriamente um grande elogio aos políticos portugueses que têm responsabilidades governativas. Mas esses não estão muito preocupados. Desde logo porque, com ou sem bancarrota, terão sempre um lugar “mexiânico” numa quaquer EDP, Galp ou Banco Central Europeu.
Portugal está, desde há meses, na mira dos especuladores dos mercados financeiros. Depois de despejarem um forte arsenal bélico sobre a Grécia, viram-se agora para as ocidentais praias lusitanas.
Apesar de o espectro da bancarrota ter chegado com armas e bagagens a Lisboa, Portugal continua a cantar e a rir para os 40% de potenciais pobres e 700 mil desempregados, tal como continua a achar um bom exemplo de moralidade interna e externa que os valores das remunerações referentes a 2009 pagas ao presidente executivo da EDP, António Mexia, atinjam 3,1 milhões de euros.
Este parece ser, aliás, mais um exemplo de quem prefere ser assassinado pelo elogio do que salvo pela crítica. Quando Simon Johnson escreveu no “The New York Times” que o próximo problema global dava pelo nome de Portugal, todos lhe chamaram ave de mau agoiro.
"O próximo no radar será Portugal. Este país escapou em grande medida às atenções, muito porque a espiral da Grécia desvaneceu. Mas ambos estão economicamente à beira da bancarrota, e ambos parecem muito mais perigosos do que Argentina parecia em 2001, quando entrou em incumprimento", dizia (e diz) a análise do economista, que é Professor no Massachusstts Institute of Technology.
Em bom ou mau português (para o caso tanto faz), dir-se-á que quem for o último a sair que feche a porta (se ainda existir porta) e apague a luz (se ainda não tiver sido cortada por António Mexia). Nada mau.
"Os portugueses nem sequer estão a discutir cortes sérios. (…) Estão à espera e com a esperança de que possam crescer suficientemente para sair desta confusão, mas esse crescimento só pode chegar através de um espantoso crescimento económico a nível global", diz Simon Johnson que, certamente, se esqueceu de ouvir o contraditório de não menos insignes especialistas lusos, caso de Vítor Constâncio.
Simon Johnson considera ainda que "nem os líderes políticos gregos, nem os portugueses, estão preparados para realizar os cortes necessários", que o Governo português "pode apenas aguardar por vários anos de alto desemprego e políticas duras", e ainda que os políticos portugueses podem apenas "esperar que a situação piore, e então exigir também um plano de apoio".
Não é propriamente um grande elogio aos políticos portugueses que têm responsabilidades governativas. Mas esses não estão muito preocupados. Desde logo porque, com ou sem bancarrota, terão sempre um lugar “mexiânico” numa quaquer EDP, Galp ou Banco Central Europeu.
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