O paladino do jornalismo do MPLA (sim, que o jornalismo angolano é outra coisa), José Ribeiro, defensor dedicado e bem pago das teses oficiais do patrão no jornal que dirige, o Jornal de Angola (JA), continua a revelar a independência do órgão oficial do partido, batendo forte e feio nos partidos da oposição, mas sobretudo naquele que ameaça secar a teta dos que mamam desde 1975.
“A UNITA e seus amigos e aliados têm grandes responsabilidades na destruição da imagem de Angola no exterior. Não pode agora vir dizer que os eleitores têm de votar no Galo Negro se querem que a imagem do país melhore”, afirma o preclaro director do JA, numa inequívoca prova de isenção e rigor jornalístico da velha escola soviética.
Será que estando Angola nos mais elevados índices de desenvolvimento social e humano, nos mais altos patamares do respeito pelos direitos humanos, nos mais nobres pódios das democracias desenvolvidas, sendo um exemplo da luta contra a corrupção (coisa que Luanda nem sabe o que é), haverá alguém capaz de destruir a imagem imaculada do MPLA?
Claro que não. José Ribeiro pode estar descansado. A UNITA nada pode fazer contra a imagem de um país tão eficientemente governado nos últimos 33 anos pelo mesmo partido. Aliás, quando Isaías Samakuva diz que 68% dos angolanos vivem na pobreza, ninguém acredita. Não é?
Quando José Ribeiro diz que só o MPLA faz “chegar ao público um programa político com cabeça, tronco e membros”, acrescentando que o MPLA “abriu o país ao regime democrático e à economia de mercado, dá estabilidade à governação e organizou eleições de maneira exemplar, mostra deter uma visão sólida de Estado que não encontra paralelo”, está de facto a dar uma grande ajuda aos que querem a mudança.
Por isso, eu que acredito que chegou a hora da mudança, só tenho que agradecer ao José Ribeiro e pedir-lhe que continue a dizer o que tem dito. Cada vez que escreve aumentam os votos na UNITA.
1 comentário:
Agora já sei quem é Orlando Castro!!!!
Lamento ... mas só via o nome do respectivo no Timor Lorosae Nação.... sem assinar com letras azuis, tal como a 'Margarida' gosta de referir.
Felicidades e votos de recuperação desse trauma colonialista
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