sexta-feira, agosto 08, 2008

E que tem a dizer de “O Primeiro de Janeiro”
o hiper, super, mega, ministro Santos Silva?

A deputada socialista Isabel Santos garantiu hoje, em nome da Federação Distrital Socialista do Porto, "toda a solidariedade do PS" aos trabalhadores despedidos do jornal “O Primeiro de Janeiro”. O que é que isso significa? Provavelmente nada, como é habitual no Burkina Faso, perdão, em Portugal.

Nada apesar de, como todos sabem, ser um escândalo em qualquer Estado que fosse, não só de jure mas sobretudo de facto, de Direito. O que não é o caso.

Embora pouco adiante, a não ser que os jornalistas do verdadeiro Jornal “o Primeiro de Janeiro” (que foram tratados a baixo de vira latas) fossem filiados no PS, gostava de saber o que pensa do assunto o ministro que ombreia com José Sócrates em matéria de verdades adquiridas, de seu nome Augusto Santos Silva.

Como antigo colunista do jornal “Público” (1992-1999, 2002-2005), cronista da “TSF-Rádio Jornal” (1997-1998), colaborador da Página Cultural do “Jornal de Notícias” (1978-1986), director do “Acção Socialista”, órgão oficial do PS (2002-2005), Augusto Santos Silva bem poderia dizer ao país o que pensa de tudo isto, se é que pensa.

É que ser ministro dos Assuntos Parlamentares com a pasta da Comunicação Social deve, digo eu, justiticar algo mais do que frases inócuas do tipo "acompanhar a situação com preocupação", "esperar que o processo regresse à legalidade" ou "a empresa proprietária do título deve esclarecer o que se está a passar".

Santos Silva foi célere em dizer de Francisco Louçã o que deveria dizer de si próprio: "Você não tem idade nem curriculum ...", bem como em acusar Manuela Ferreira Leite de ter "problemas de memória". No entanto agora, em algo que é da sua esfera de acção, para além do habitual ar ledo, nada mais fez.

Será, senhor ministro dos Assuntos Parlamentares das ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, que os Jornalistas do “Janeiro” também são dos que "não reconhecerem a diferença entre Salazar e os democratas"?

Será, senhor ministro dos Assuntos Parlamentares das ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, que os Jornalistas do “Janeiro” não sabem que "a liberdade é algo que o País deve a Mário Soares, a Salgado Zenha, a Manuel Alegre... e não a Álvaro Cunhal ou a Mário Nogueira"?

Será, senhor ministro dos Assuntos Parlamentares das ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, que no caso dos Jornalistas do “Janeiro” se aplica a sua frase de que "o clima político que algumas pessoas estão a tentar desenvolver em Portugal é um clima de intimidação, é um clima próprio da natureza anti-democrática dessas forças”?

Ou será, senhor ministro dos Assuntos Parlamentares das ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, que os Jornalistas do “Janeiro” devem meditar no que o Emíido Rengel disse de si?

Ah! Eu recordo o que o Emído Rangel disse: “Não tenho o mínimo de consideração nem de respeito intelectual pelo saloio que detém no Governo a pasta da Comunicação Social…; pelas baboseiras e falta de rigor que punha nas crónicas do ‘Público’, pela arrogância e pesporrência que exibia quando era ministro da Educação e logo a seguir da Cultura, sem ter feito nada, mesmo nada, nem pela educação nem pela cultura, porque o considero um dos ministros mais incompetentes do Governo de José Sócrates…”

1 comentário:

Anónimo disse...

Orlando,
De quando em quando visito o seu blogue. De facto não se é jornalista umas poucas horas, mas as 24 do ponteiro do relógio. Bem eu agora não sou meio nem nenhum jornalitsa (já fui) mas despendo umas bem medidas 18 horas diárias atrás do vidro do PC.
Gosto de o ler.
Abraço
José Martins