“Nós somos filhos e agentes de uma civilização milenária que tem vindo a elevar e converter os povos à concepção superior da própria vida, a fazer homens pelo domínio do espírito sobre a matéria, pelos domínios da razão sobre os instintos”.
O “sistema capitalista” parece “ter entrado em ruptura”. Há “direitos conquistados durante gerações, pelos trabalhadores” que foram “gradualmente postos em causa”.
Segundo o jornal português Público este retrato, do mundo e de Portugal que é feito num manifesto de apelo à manifestação do 25 de Abril, é tudo menos risonho e é assinado pelo PS, o partido do Governo, e por alguns dirigentes da chamada “ala esquerda”, a começar por Manuel Alegre, e pelo fundador do partido Mário Soares.
Outros subscritores são o PCP, Bloco de Esquerda, Verdes, as duas centrais sindicais, CGTP e UGT, JS e JCP, entre outros.
Segundo os subscritores, a crise económica mundial está a ter consequências em Portugal, onde os seus efeitos se somam às “vicissitudes de antigos desequilíbrios estruturais que vêm de muito longe e persistem” e não pode justificar “violências contra os trabalhadores”. “O desemprego e a precariedade alastraram.”
Alegre e Soares são duas das mais de 600 personalidades de esquerda que assinam o “apelo à participação” na manifestação do 25 de Abril, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, organizada anualmente pela Associação 25 de Abril.
Depois queixem-se que há muita gente com saudades do passado. Ah! Quem escreveu o parágrafo de abertura deste texto foi um senhor chamado António de Oliveira Salazar!
2 comentários:
e se calhar salazar tinha razão na altura...
Eu estava na minha terra, Angola.
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