O Ministério da Saúde da Guiné-Bissau apela ao Governo português para “facilitar” a concessão de vistos a doentes que precisam de ser tratados em Portugal ao abrigo de um protocolo bilateral, alertando que há pessoas que acabam por morrer enquanto esperam pela autorização.
Pois é. Amigos, amigos mas, na hora da verdade, é o que se vê. CPLP? Claro que sim. Todos irmãos, mas na hora da verdade... uns são mais irmãos. Uma vergonha.
Num encontro em Bissau com deputadas portuguesas (Maria Antónia Almeida Santos, Luísa Salgueiro, Maria Ofélia Monteiro e Ana Manso), o ministro da Saúde Pública, Camilo Simões Pereira, afirmou que as autoridades portuguesas levam muito tempo a conceder vistos para esses doentes.
Todos irmãos, mas na hora da verdade... uns são mais irmãos. Uma vergonha.
Ao abrigo do Acordo no Domínio da Saúde, assinado em 1989 entre os dois países, em 2008 foram cerca de 450 os doentes guineenses transferidos pata Portugal para receberem tratamento médico, enquanto este ano já foram emitidos 174 vistos, segundo dados fornecidos pela Embaixada de Portugal em Bissau.
“Há perfeita consicência de Portugal da necessidade de rever este protocolo. Falei com secretário de Estado da Saúde [da Guiné-Bissau] e penso que vamos ter de rapidamente avançar com a revisão e aperfeiçoamento deste projecto de forma a contemplar mecanismos de evacuação rápida para questões de saúde que não se compadecem da tramitação normal, que é mais longa”, assegurou o embaixador de Portugal em Bissau, na sequência do encontro.
Enquanto isso... Todos irmãos, mas na hora da verdade... uns são mais irmãos. Uma vergonha.
Cabe às autoridades guineenses solicitar à Direcção-Geral de Saúde o envio de um doente para Lisboa. Esta, por sua vez, analisa o caso, pede a marcação de uma primeira consulta em Portugal e a emissão do visto, que muitas vezes chega a demorar vários meses.
Vários meses? Todos irmãos, mas na hora da verdade... uns são mais irmãos. Uma vergonha.
Segundo os indicadores das Nações Unidas, um em cada 13 partos na Guiné-Bissau acaba com a morte da mulher e apenas 30 por cento dos nascimentos ocorrem com assistência médica.
Todos irmãos, mas na hora da verdade... uns são mais irmãos. Uma vergonha.
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