Fidel Castro reuniu-se ontem durante três horas com o presidente venezuelano, Hugo Chavez, com quem falou sobre a China e outros temas de política externa, segundo escreve hoje na imprensa o antigo líder cubano.Segundo fontes bem (de)formadas do Alto Hama, o texto hoje publicado por Fidel foi escrito naquela coisa a que o melhor vendedor da empresa portuguesa J.P. Sá Couto (de seu nome José Sócrates) chamou «o primeiro grande computador ibero-americano, uma espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos» e a que deu o nome de Magalhães.
Consta que o exemplar da tal coisa, oferecido por Hugo Chávez a Fidel Castro, até estava autografado pelo tal vendedor José Sócrates.
Na sua habitual coluna "Reflexões", Castro diz ter sido abordada na conversa a greve de fome do presidente boliviano, Evo Morales, a Cimeira das Américas e a recente visita de Hugo Chavez à China.
"Evo não pôde faltar à nossa conversa. Expliquei-lhe em detalhe a informação que detinha, o seu excelente estado de ânimo e a sua disposição de manter a greve de fome até às últimas consequências", escreve Castro.
Acrescenta que durante a conversa telefonou a Evo Morales para lhe manifestar a sua "total solidariedade" e a de Hugo Chavez, e a sua "confiança na vitória".
Evo Morales iniciou quinta-feira uma greve de fome para pressionar os parlamentares a não demorarem a votação de uma lei eleitoral apresentada pelo seu partido. Os deputados da oposição têm-se recusado a constituir o quorum parlamentar necessário para o exame da lei, que deverá reger as eleições legislativas e presidenciais de 6 de Dezembro.
Consta igualmente que Evo Morales terá dito que só acabaria com a greve de fome se José Sócrates lhe oferecesse o tal “primeiro grande computador ibero-americano”.
O presidente venezuelano chegou ontem a Cuba, depois de uma digressão que começou no Qatar e prosseguiu pelo Irão, Japão e China. Em todos estes países Chávez terá deixado várias ofertas protocolares, garantindo os serviços secretos ocidentais que delas constam diversos Magalhães.
O ex-presidente cubano refere que "Chavez estava contentíssimo com a sua reunião com Hu Jintao, presidente da China" e que lhe falou do amplo diálogo mantido durante a visita.
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