O ministro da Economia de Angola, Manuel Nunes Júnior, considera que a paz alcançada no dia 4 de Abril de 2002 é um bem supremo que tem estado a mudar o país aos olhos de todos os angolanos.
Tem toda a razão. Só é pena que passados sete anos o país esteja mudado aos olhos e não, ao menos, à barriga dos angolanos.
De alguns angolanos, é certo. Muitos deles, para além de verem melhor também não têm necessidade de pensar com a barriga. Mas isso, para estes, já acontecia antes de 2002.
Manuel Júnior afirmou que todos os angolanos contribuíram com sacrifício e sangue para que a paz fosse possível no país, destacando a firmeza, sabedoria, competência e o alto sentido patriótico do Presidente da República, José Eduardo dos Santos na condução do delicado processo de pacificação.
Agradeço a Manuel Júnior (também secretário do MPLA para o sector Económico e Social) este importante esclarecimento. É que (desculpem a ignorância) eu não sabia que o processo de pacificação de Angola só tinha tido um protagonista, de seu nome José Eduardo dos Santos.
Na minha modesta interpretação, para se negociar a paz é porque havia pelo menos dois contendores. Afinal não. Tudo se deveu exclusivamente à “sabedoria, competência e alto sentido patriótico do Presidente da República”.
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