O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, realiza hoje uma visita ao Uzbequistão, a convite do seu homólogo para aprofundar as relações bilaterais ao nível político e económico.
Há muito que eu desconfiva (e só desconfiava porque sou ingénuo) que o Uzbequistão é bem mais importante para este Portugal deste Partido Socialista do que, por exemplo, a Guiné-Bissau.
Na capital uzbeque, Tashkent, Luís Amado reúne-se com o primeiro-ministro, Shavkat Iromonovich Mirziyoev, com o seu homólogo, Vladimir Norov, e com o ministro das Relações Económicas Externas, Investimentos e Comércio, Elyor Ganiev.
Até no aspecto linguístico os portugueses estão muito mais próximos do Uzbequistão. É bem mais fácil os portugueses pronunciarem Tashkent do que Bissau, ou Shavkat Iromonovich Mirziyoev do que Carlos Gomes Júnior.
A visita ao Uzbequistão é a primeira etapa de uma mini digressão do chefe da diplomacia portuguesa pela Ásia Central, que prossegue quinta-feira com uma visita ao Tajiquistão.
Estas visitas cumprem um objectivo enunciado por Luís Amado em Setembro, em Paris, quando participou no I Fórum União Europeia-Ásia Central, consagrado às questões de segurança, sendo que este é um tema completamente pacífico no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Na altura, Luís Amado manifestou interesse em visitar a região para “promover o relacionamento de Portugal com uma das regiões mais importantes para a Europa e uma região com um grande potencial para o aprofundamento de relações no plano económico e político”.
E viva tudo quanto termine em “tão”, seja Uzbequistão ou Tajiquistão. Aliás, com o Uzbequistão, Portugal só tem a aprender. Creio, aliás, que Luís Amado deveria estar acompanhado por Augusto Santos Silva pois, em matéria de dificuldades de trabalho para os jornalistas, a tabela é liderada pela Coreia do Norte, seguida de Mianmar (antiga Birmânia), Cuba, Líbia, Turquemenistão, Uzbequistão, Bielorússsia, Zimbabué e Guiné Equatorial.
Também não seria mau levar na comitiva o procurador-geral da República, já que no ranking da corrupção no mundo, o Uzbequistão ultrapassa Angola (que está na posição 158) e situa-se ao nível da Gâmbia, Turcomenistão, Zimbábue, Camboja, Quirguistão, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial,Chade, Sudão, Afeganistão, Haiti, Iraque, Mianmar e Somália.
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